Primeiro-ministro do Líbano diz que sua renúncia está suspensa
Beirute, 22 Nov 2017 (AFP) - O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, informou nesta quarta-feira que sua demissão, anunciada no início de novembro em Riad, está suspensa a pedido do presidente Michel Aoun.
"Discuti minha demissão com o presidente da República, que me pediu para esperar antes de apresentá-la para permitir outras consultas. Aceitei esse pedido", declarou Hariri, após encontro com Aoun em Beirute.
De acordo com o premier, as conversações devem abordar as "motivações e o contexto político" da renúncia anunciada em 4 de novembro, que surpreendeu o Líbano e a comunidade internacional.
Hariri, um protegido da Arábia Saudita, justificou sua renúncia pelo "controle" do Irã e do movimento xiita Hezbollah, membro de seu governo, sobre os assuntos do Líbano e a "interferência" nos conflitos da região.
Também afirmou que temia por sua vida.
Ao retornar a Beirute na terça-feira à noite, após três semanas fora do país, Hariri disse esperar que a suspensão de sua decisão permitisse "iniciar de maneria séria um diálogo responsável (...) que solucionaria as diferenças".
"Aspiro hoje uma verdadeira associação de todas as forças políticas com o objetivo de colocar os interesses do Líbano acima de todos os demais", completou o primeiro-ministro.
"Estamos abertos a qualquer diálogo, qualquer discussão no país", afirmou na segunda-feira o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um tom aparentemente conciliador.
O Hezbollah, um peso pesado da política libanesa, é o único movimento que não entregou as armas após a guerra civil (1975-1990) e seu arsenal divide os libaneses.
A intervenção do Hezbollah na guerra da Síria ao lado das tropas do presidente Bashar al-Assad enfureceu os críticos do movimento e a Arábia Saudita, que apoiava os rebeldes.
"Discuti minha demissão com o presidente da República, que me pediu para esperar antes de apresentá-la para permitir outras consultas. Aceitei esse pedido", declarou Hariri, após encontro com Aoun em Beirute.
De acordo com o premier, as conversações devem abordar as "motivações e o contexto político" da renúncia anunciada em 4 de novembro, que surpreendeu o Líbano e a comunidade internacional.
Hariri, um protegido da Arábia Saudita, justificou sua renúncia pelo "controle" do Irã e do movimento xiita Hezbollah, membro de seu governo, sobre os assuntos do Líbano e a "interferência" nos conflitos da região.
Também afirmou que temia por sua vida.
Ao retornar a Beirute na terça-feira à noite, após três semanas fora do país, Hariri disse esperar que a suspensão de sua decisão permitisse "iniciar de maneria séria um diálogo responsável (...) que solucionaria as diferenças".
"Aspiro hoje uma verdadeira associação de todas as forças políticas com o objetivo de colocar os interesses do Líbano acima de todos os demais", completou o primeiro-ministro.
"Estamos abertos a qualquer diálogo, qualquer discussão no país", afirmou na segunda-feira o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, em um tom aparentemente conciliador.
O Hezbollah, um peso pesado da política libanesa, é o único movimento que não entregou as armas após a guerra civil (1975-1990) e seu arsenal divide os libaneses.
A intervenção do Hezbollah na guerra da Síria ao lado das tropas do presidente Bashar al-Assad enfureceu os críticos do movimento e a Arábia Saudita, que apoiava os rebeldes.
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