Anos de esforços diplomáticos insuficientes na Síria
Beirute, 26 Nov 2017 (AFP) - Desde 2011, várias iniciativas foram lançadas para encontrar uma solução ao conflito na Síria. Todas fracassaram. Na terça-feira (28) terá inicio em Genebra mais um ciclo de discussões.
Confira abaixo a cronologia dos principais eventos:
- Iniciativas árabes -- 2 de novembro de 2011: a Liga Árabe fala em um acordo com a Síria, por meio de um plano que inclui o fim da violência, a libertação dos presos e a retirada do Exército das cidades. Não se respeita nenhuma das cláusulas.
Nas semanas seguintes, a Liga Árabe suspende a participação da Síria e decreta sanções contra o país.
Desde 2012, o governo do presidente Bashar al-Assad fecha as portas para uma solução árabe.
- Genebra I -- 30 de junho de 2012: em Genebra, o Grupo de Ação (formado por Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido, assim como Turquia e os países árabes) chega a um acordo sobre os princípios de uma transição. Pouco depois, diverge sobre sua interpretação.
Washington considera que o acordo - que nunca foi aplicado - abre as portas para a era "pós-Assad". Moscou e Pequim consideram que o futuro de Al-Assad deve ser decidido pelos próprios sírios.
- Genebra II -- 22-31 de janeiro de 2014: as negociações entre oposição e governo, lançadas sob pressão dos Estados Unidos, aliado da oposição, e da Rússia, que apoia o governo, terminam sem um resultado concreto.
Em 15 de fevereiro, o mediador da ONU, Lajdar Brahimi, que substituiu Kofi Annan após sua saída em agosto de 2012, põe fim ao diálogo. Em 13 de maio, Brahimi também deixa o cargo, após mais de 20 meses de esforços estéreis.
- Ofensiva russa e processo de Viena -- 20 de outubro de 2015: três semanas depois do início da intervenção militar russa, solicitada por Damasco, o presidente russo, Vladimir Putin, parte para a ofensiva nas frentes diplomática e política, recebendo Assad.
- 30 de outubro de 2015, em Viena: 17 países - entre eles Rússia, Estados Unidos, França e, pela primeira vez, Irã - examinam as possibilidades de uma solução política, na ausência de representantes da oposição e do governo. Ao final do encontro, fica clara a divergência profunda sobre o futuro de Assad.
- 14 de novembro de 2015: em Viena, as grandes potências concordam sobre um calendário, mas persistem as divergências sobre o futuro político de Assad.
- Genebra: sete rodadas sem resultados -No início de 2016, três rodadas de negociações indiretas entre o regime e grupos da oposição são realizadas em Genebra, sob a direção do emissário da ONU, Staffan De Mistura. Mas não há consenso sobre as modalidades de uma possível transição.
No terreno, são registradas várias violações de uma trégua patrocinada pelos Estados Unidos e pela Rússia.
Em março, maio e julho de 2017, quatro outras séries de negociações indiretas terminam sem resultados.
A partir de 28 de novembro, um novo ciclo deve começar em Genebra.
- Genebra eclipsada por Astana -Em janeiro de 2017, Rússia e Irã, aliados do regime, e a Turquia, que apoia os rebeldes, organizam em Astana (Cazaquistão), sem a participação dos Estados Unidos, negociações em que participam pela primeira vez representantes do regime e uma delegação rebelde.
Os três "padrinhos" assumiram o caso sírio e impuseram um cessar-fogo entre o regime e os grupos rebeldes no final de dezembro de 2016.
Moscou, que participa militarmente ao lado do regime desde setembro de 2015, mudou o equilíbrio das forças na Síria, quando Damasco estava em dificuldades diante dos rebeldes apoiados pelos países do Golfo e do Ocidente.
Desde então, houveram sete ciclos de negociações e quatro "zonas de distensão" foram estabelecidas em várias regiões sírias, o que permitiu que a violência diminuísse sem cessar completamente.
Os presidentes turco, iraniano e russo devem se reunir na quarta-feira em Sochi (Rússia).
Moscou também anunciou que quer organizar um "Congresso do Diálogo Nacional sírio" em Sochi, dizendo que convidou todos os componentes da oposição síria, mas uma data ainda não foi definida.
Confira abaixo a cronologia dos principais eventos:
- Iniciativas árabes -- 2 de novembro de 2011: a Liga Árabe fala em um acordo com a Síria, por meio de um plano que inclui o fim da violência, a libertação dos presos e a retirada do Exército das cidades. Não se respeita nenhuma das cláusulas.
Nas semanas seguintes, a Liga Árabe suspende a participação da Síria e decreta sanções contra o país.
Desde 2012, o governo do presidente Bashar al-Assad fecha as portas para uma solução árabe.
- Genebra I -- 30 de junho de 2012: em Genebra, o Grupo de Ação (formado por Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido, assim como Turquia e os países árabes) chega a um acordo sobre os princípios de uma transição. Pouco depois, diverge sobre sua interpretação.
Washington considera que o acordo - que nunca foi aplicado - abre as portas para a era "pós-Assad". Moscou e Pequim consideram que o futuro de Al-Assad deve ser decidido pelos próprios sírios.
- Genebra II -- 22-31 de janeiro de 2014: as negociações entre oposição e governo, lançadas sob pressão dos Estados Unidos, aliado da oposição, e da Rússia, que apoia o governo, terminam sem um resultado concreto.
Em 15 de fevereiro, o mediador da ONU, Lajdar Brahimi, que substituiu Kofi Annan após sua saída em agosto de 2012, põe fim ao diálogo. Em 13 de maio, Brahimi também deixa o cargo, após mais de 20 meses de esforços estéreis.
- Ofensiva russa e processo de Viena -- 20 de outubro de 2015: três semanas depois do início da intervenção militar russa, solicitada por Damasco, o presidente russo, Vladimir Putin, parte para a ofensiva nas frentes diplomática e política, recebendo Assad.
- 30 de outubro de 2015, em Viena: 17 países - entre eles Rússia, Estados Unidos, França e, pela primeira vez, Irã - examinam as possibilidades de uma solução política, na ausência de representantes da oposição e do governo. Ao final do encontro, fica clara a divergência profunda sobre o futuro de Assad.
- 14 de novembro de 2015: em Viena, as grandes potências concordam sobre um calendário, mas persistem as divergências sobre o futuro político de Assad.
- Genebra: sete rodadas sem resultados -No início de 2016, três rodadas de negociações indiretas entre o regime e grupos da oposição são realizadas em Genebra, sob a direção do emissário da ONU, Staffan De Mistura. Mas não há consenso sobre as modalidades de uma possível transição.
No terreno, são registradas várias violações de uma trégua patrocinada pelos Estados Unidos e pela Rússia.
Em março, maio e julho de 2017, quatro outras séries de negociações indiretas terminam sem resultados.
A partir de 28 de novembro, um novo ciclo deve começar em Genebra.
- Genebra eclipsada por Astana -Em janeiro de 2017, Rússia e Irã, aliados do regime, e a Turquia, que apoia os rebeldes, organizam em Astana (Cazaquistão), sem a participação dos Estados Unidos, negociações em que participam pela primeira vez representantes do regime e uma delegação rebelde.
Os três "padrinhos" assumiram o caso sírio e impuseram um cessar-fogo entre o regime e os grupos rebeldes no final de dezembro de 2016.
Moscou, que participa militarmente ao lado do regime desde setembro de 2015, mudou o equilíbrio das forças na Síria, quando Damasco estava em dificuldades diante dos rebeldes apoiados pelos países do Golfo e do Ocidente.
Desde então, houveram sete ciclos de negociações e quatro "zonas de distensão" foram estabelecidas em várias regiões sírias, o que permitiu que a violência diminuísse sem cessar completamente.
Os presidentes turco, iraniano e russo devem se reunir na quarta-feira em Sochi (Rússia).
Moscou também anunciou que quer organizar um "Congresso do Diálogo Nacional sírio" em Sochi, dizendo que convidou todos os componentes da oposição síria, mas uma data ainda não foi definida.
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