A segunda morte de Osama bin Laden
Bagdá, 30 Nov 2017 (AFP) - Osama bin Laden Hussein, um iraquiano de 16 anos, iria finalmente mudar de nome e parar de se chamar como o famoso líder extremista, mas na quarta-feira (29), quatro dias antes de completar seu desejo, morreu eletrocutado em seu trabalho.
"Ele nasceu no final de 2001, logo após o atentado da Al-Qaeda contra as Torres Gêmeas (em Nova York)" em 11 de setembro, explica à AFP seu primo, Mohamad. O saudita Osama bin Laden era o então líder da organização extremista.
"Em tempos de Saddam Hussein a imprensa iraquiana havia apresentado Bin Laden como um herói e não como um terrorista", conta Mohamad. O pai do jovem iraquiano, falecido, vivia no campo e colocou esse nome em seu filho, explica.
Uma decisão que teve consequências nefastas. O menino sofreu desde pequeno. Após a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, soldados americanos revistaram sua casa ao saber que lá vivia um Bin Laden, e depois não se atrevia a sair de seu bairro sunita de Azamiya, em Bagdá, para não se deparar com algum posto de controle.
Para ganhar a vida, vendia chá na rua. O destino lhe sorriu quando uma emissora de televisão local o entrevistou.
"O ministro do Interior, Qassem al-Araji, viu a minha entrevista na televisão na qual ele implorava para mudar de nome, e há dois meses me pediu para conhecê-lo junto com sua família", explica o jornalista Ahmad al-Hajj à AFP.
"Osama bin Laden estava assustado ao entrar na 'zona verde' (uma área com muita segurança onde ficam os ministérios em Bagdá), mas o ministro o recebeu bem e brincou com ele. Inclusive lhe deu de presente um iPhone e pediu que escolhesse outro nome", lembra Hajj.
Como o jovem não sabia que nome escolher, o ministro optou por Ahmad. Osama bin Laden soube no início da semana que receberia seus novos documentos de identidade no domingo.
Nos últimos tempos, mais seguro de si mesmo, conseguiu encontrar um emprego em uma loja de peças de reposição. Na quarta-feira, seu chefe o mandou buscar mercadoria no telhado, ele escorregou e segurou em um cabo elétrico para não cair. Morreu eletrocutado.
Soldados americanos mataram o ex-líder da Al-Qaeda Osama bin Laden em uma operação realizada em 2 de maio de 2011 no Paquistão.
"Ele nasceu no final de 2001, logo após o atentado da Al-Qaeda contra as Torres Gêmeas (em Nova York)" em 11 de setembro, explica à AFP seu primo, Mohamad. O saudita Osama bin Laden era o então líder da organização extremista.
"Em tempos de Saddam Hussein a imprensa iraquiana havia apresentado Bin Laden como um herói e não como um terrorista", conta Mohamad. O pai do jovem iraquiano, falecido, vivia no campo e colocou esse nome em seu filho, explica.
Uma decisão que teve consequências nefastas. O menino sofreu desde pequeno. Após a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, soldados americanos revistaram sua casa ao saber que lá vivia um Bin Laden, e depois não se atrevia a sair de seu bairro sunita de Azamiya, em Bagdá, para não se deparar com algum posto de controle.
Para ganhar a vida, vendia chá na rua. O destino lhe sorriu quando uma emissora de televisão local o entrevistou.
"O ministro do Interior, Qassem al-Araji, viu a minha entrevista na televisão na qual ele implorava para mudar de nome, e há dois meses me pediu para conhecê-lo junto com sua família", explica o jornalista Ahmad al-Hajj à AFP.
"Osama bin Laden estava assustado ao entrar na 'zona verde' (uma área com muita segurança onde ficam os ministérios em Bagdá), mas o ministro o recebeu bem e brincou com ele. Inclusive lhe deu de presente um iPhone e pediu que escolhesse outro nome", lembra Hajj.
Como o jovem não sabia que nome escolher, o ministro optou por Ahmad. Osama bin Laden soube no início da semana que receberia seus novos documentos de identidade no domingo.
Nos últimos tempos, mais seguro de si mesmo, conseguiu encontrar um emprego em uma loja de peças de reposição. Na quarta-feira, seu chefe o mandou buscar mercadoria no telhado, ele escorregou e segurou em um cabo elétrico para não cair. Morreu eletrocutado.
Soldados americanos mataram o ex-líder da Al-Qaeda Osama bin Laden em uma operação realizada em 2 de maio de 2011 no Paquistão.
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