Presidente do Peru é alvo de denúncias sobre assessoria à Odebrecht
Lima, 1 dez 2017 (AFP) - O escândalo de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht no Peru chega cada vez mais perto do presidente Pedro Pablo Kuczynski, após novas revelações da imprensa, nesta quinta-feira, sobre seu suposto conselho para a empresa brasileira.
Segundo documentos publicados pelo semanário Caretas, "as evidências de uma possível vinculação" de Kuczynski com a Odebrecht remontam aos anos 2008/2009, quando era executivo da companhia First Capital Partners, fundada pelo chileno Gerardo Sepúlveda.
Odebrecht figura como cliente de First Capital em pelo menos três obras desenvolvidas em Peru nos anos em que Kuczynski estava ligado ao setor privado. Destaca entre elas a rodovia Interoceânica sul, uma licitação que a Odebrecht ganhou em troca de subornos entregues supostamente ao ex-presidente Alejandro Toledo.
Os documentos que o Caretas reproduz foram entregues em 20 de novembro pelo congressista esquerdista Manuel Dammert a uma comissão parlamentar que investiga no Peru os alcances do escândalo de pagamento de subornos revelado pela operação "Lava Jato", que atinge o Brasil e vários países latino-americanos.
"É importante que (o presidente Kuczynski) responda à comissão Lava Jato", após a divulgação desses papéis, disse a jornalistas a congressista e presidente do grupo, Rosa Bartra.
Segundo a legisladora, Kuczynski "deve esclarecer qualquer situação que comprometa sua participação". O presidente se nega a comparecer à comissão, alegando que só responderá perguntas por escrito.
"Não há prova que o vincule com essa empresa, não tem nada a ocultar", declarou à imprensa o ministro da Habitação, Carlos Bruce.
O presidente peruano já negou, em meados de novembro, ter tido vínculos com a construtora brasileira, após Marcelo Odebrecht declarar a procuradores peruanos ter financiado sua campanha e o contratado como consultor.
"Eu nunca recebi aporte algum da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais de 2011 e 2016. Tampouco tive vínculo profissional com a Odebrecht", expressou na época Kuczynski pelo Twitter.
Sobre a publicação na revista, a assessoria de imprensa presidencial disse que o presidente reiterou que não foi sócio ou executivo da First Capital.
"A suposta apresentação da First Capital, de 2008, na qual se nomeia o senhor Pedro Pablo Kuczynski como executivo da referida empresa, contém informação que não é correta", indica um comunicado.
Segundo o depoimento de Odebrecht, citado pelo IDL Reporteros, quando Kuczynski era primeiro-ministro do presidente Toledo (2001-2006) ele foi "uma pedra no sapato" para o projeto da rodovia interoceânica (pela qual Toledo teria recebido suborno).
Marcelo Odebrecht afirmou que quando Kuczynski deixou o cargo, ele foi contratado para uma consultoria "para curar as feridas".
Segundo documentos publicados pelo semanário Caretas, "as evidências de uma possível vinculação" de Kuczynski com a Odebrecht remontam aos anos 2008/2009, quando era executivo da companhia First Capital Partners, fundada pelo chileno Gerardo Sepúlveda.
Odebrecht figura como cliente de First Capital em pelo menos três obras desenvolvidas em Peru nos anos em que Kuczynski estava ligado ao setor privado. Destaca entre elas a rodovia Interoceânica sul, uma licitação que a Odebrecht ganhou em troca de subornos entregues supostamente ao ex-presidente Alejandro Toledo.
Os documentos que o Caretas reproduz foram entregues em 20 de novembro pelo congressista esquerdista Manuel Dammert a uma comissão parlamentar que investiga no Peru os alcances do escândalo de pagamento de subornos revelado pela operação "Lava Jato", que atinge o Brasil e vários países latino-americanos.
"É importante que (o presidente Kuczynski) responda à comissão Lava Jato", após a divulgação desses papéis, disse a jornalistas a congressista e presidente do grupo, Rosa Bartra.
Segundo a legisladora, Kuczynski "deve esclarecer qualquer situação que comprometa sua participação". O presidente se nega a comparecer à comissão, alegando que só responderá perguntas por escrito.
"Não há prova que o vincule com essa empresa, não tem nada a ocultar", declarou à imprensa o ministro da Habitação, Carlos Bruce.
O presidente peruano já negou, em meados de novembro, ter tido vínculos com a construtora brasileira, após Marcelo Odebrecht declarar a procuradores peruanos ter financiado sua campanha e o contratado como consultor.
"Eu nunca recebi aporte algum da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais de 2011 e 2016. Tampouco tive vínculo profissional com a Odebrecht", expressou na época Kuczynski pelo Twitter.
Sobre a publicação na revista, a assessoria de imprensa presidencial disse que o presidente reiterou que não foi sócio ou executivo da First Capital.
"A suposta apresentação da First Capital, de 2008, na qual se nomeia o senhor Pedro Pablo Kuczynski como executivo da referida empresa, contém informação que não é correta", indica um comunicado.
Segundo o depoimento de Odebrecht, citado pelo IDL Reporteros, quando Kuczynski era primeiro-ministro do presidente Toledo (2001-2006) ele foi "uma pedra no sapato" para o projeto da rodovia interoceânica (pela qual Toledo teria recebido suborno).
Marcelo Odebrecht afirmou que quando Kuczynski deixou o cargo, ele foi contratado para uma consultoria "para curar as feridas".
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