Aquecimento global pode multiplicar migrantes na Europa, diz estudo
Nova York, 21 dez 2017 (AFP) - O aquecimento global poderia causar um aumento acentuado do número de pessoas que buscam migrar para a Europa até o final do século, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, informaram nesta quinta-feira (21) pesquisadores americanos.
O estudo publicado na revista Science é o mais recente a mostrar como fenômenos climáticos, como as secas - que pioram à medida que o planeta aquece -, podem propiciar conflitos no mundo.
O número de refugiados na Europa poderia aumentar entre 28% e 188%, segundo a rapidez com que aconteça o aquecimento, projetaram especialistas da Universidade de Columbia, em Nova York.
Isso implicaria entre 98.000 e 660.000 solicitantes de asilo adicionais por ano.
"Embora os países mais pobres nas regiões mais quentes sejam os mais vulneráveis às mudanças climáticas, nossas descobertas mostram a forma como os países estão vinculados, e a Europa verá um número crescente de pessoas desesperadas fugindo de seus lugares de origem", explicou o líder do estudo, Wolfram Schlenker, economista da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais de Columbia, em Nova York.
Os pesquisadores encontraram também um vínculo aparente entre as temperaturas, a agricultura e o número de solicitações de asilo.
Revisaram as solicitações de asilo na União Europeia entre 2000 e 2014, que registraram uma média de 351.000 por ano.
Quando compararam o número de solicitações com o clima nos 103 países de origem dos solicitantes, descobriram que estas tendiam a aumentar quando a temperatura nas regiões agrícolas de seus países subia acima dos 20 graus centígrados - a temperatura ótima para os semeadouros - durante a temporada de cultivo.
Depois combinaram estes dados com projeções do aquecimento para o futuro.
No que se considera um cenário otimista, um aumento da média mundial de temperatura de 1,8 grau centígrado poderia aumentar o número de refugiados em 28% até 2100 (98.000 solicitações extras por ano na UE).
"Se as emissões continuarem seu percurso atual, com as temperaturas aumentando entre 2,6°C e 4,8°C até 2100, as solicitações de asilo poderiam aumentar 188%, com 660.000 solicitações extras a cada ano", detalha o relatório.
O estudo publicado na revista Science é o mais recente a mostrar como fenômenos climáticos, como as secas - que pioram à medida que o planeta aquece -, podem propiciar conflitos no mundo.
O número de refugiados na Europa poderia aumentar entre 28% e 188%, segundo a rapidez com que aconteça o aquecimento, projetaram especialistas da Universidade de Columbia, em Nova York.
Isso implicaria entre 98.000 e 660.000 solicitantes de asilo adicionais por ano.
"Embora os países mais pobres nas regiões mais quentes sejam os mais vulneráveis às mudanças climáticas, nossas descobertas mostram a forma como os países estão vinculados, e a Europa verá um número crescente de pessoas desesperadas fugindo de seus lugares de origem", explicou o líder do estudo, Wolfram Schlenker, economista da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais de Columbia, em Nova York.
Os pesquisadores encontraram também um vínculo aparente entre as temperaturas, a agricultura e o número de solicitações de asilo.
Revisaram as solicitações de asilo na União Europeia entre 2000 e 2014, que registraram uma média de 351.000 por ano.
Quando compararam o número de solicitações com o clima nos 103 países de origem dos solicitantes, descobriram que estas tendiam a aumentar quando a temperatura nas regiões agrícolas de seus países subia acima dos 20 graus centígrados - a temperatura ótima para os semeadouros - durante a temporada de cultivo.
Depois combinaram estes dados com projeções do aquecimento para o futuro.
No que se considera um cenário otimista, um aumento da média mundial de temperatura de 1,8 grau centígrado poderia aumentar o número de refugiados em 28% até 2100 (98.000 solicitações extras por ano na UE).
"Se as emissões continuarem seu percurso atual, com as temperaturas aumentando entre 2,6°C e 4,8°C até 2100, as solicitações de asilo poderiam aumentar 188%, com 660.000 solicitações extras a cada ano", detalha o relatório.
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