Putin denuncia caráter 'agressivo' da estratégia de defesa dos EUA
Moscou, 22 dez 2017 (AFP) - O presidente russo Vladimir Putin denunciou nesta sexta-feira a natureza "agressiva" da nova estratégia de segurança nacional dos EUA e disse que a Rússia deve ser um "líder absoluto" na criação de um exército de nova geração para garantir sua soberania.
Esta "estratégia de defesa tem certamente um caráter ofensivo, se falarmos em linguagem diplomática. Mas se passarmos aos termos militares, tem sem dúvida um caráter agressivo", declarou Putin, durante uma reunião com autoridades do Exército russo, transmitida ao vivo pela televisão pública.
"Não são apenas palavras (...), apoia-se em ações concretas e financiamento", ressaltou.
Em seu relatório sobre a estratégia de segurança nacional, divulgado na segunda-feira, a Casa Branca afirma que "a Rússia está tentando enfraquecer a influência americana no mundo e criando divisões com nossos aliados e parceiros".
No final de novembro, o Congresso dos Estados Unidos aprovou gastos militares de quase US$ 700 bilhões para o ano fiscal de 2018.
Em face das ameaças representadas pelos mísseis balísticos norte-coreanos, os parlamentares americanos também aprovaram um aumento excepcional - cerca de 50% - do orçamento da agência de defesa antimíssil, que aumentará de 8,2 para 12,3 bilhões, a fim de financiar dezenas de novos interceptores.
Por sua parte, Putin denunciou a proliferação de infraestruturas "ofensivas" da Otan e dos Estados Unidos na Europa, acusando Washington de "violações" do tratado russo-americano de 1987 sobre as Forças Nucleares Intermediárias (FNI), que permitiu eliminar toda uma categoria de armas que constava no arsenal das dias maiores potências da Guerra Fria.
"Os sistemas antimísseis podem ser transformados a qualquer momento em sistemas de mísseis de médio alcance", estimou o presidente russo, observando que "os Estados Unidos estão no caminho da destruição do tratado FNI".
"Tudo isso reduz significativamente o nível de segurança na Europa e no mundo", ressaltou o chefe de Estado russo.
"Temos o direito soberano e todas as oportunidades para responder de forma adequada e oportuna a tais ameaças potenciais", advertiu.
"As forças nucleares russas estão atualmente em um nível que permite garantir uma dissuasão nuclear sólida", apontou o presidente russo, ao mesmo tempo que pediu seu fortalecimento.
"A Rússia deve estar entre os países líderes, e em algumas áreas, ser líder absoluto na criação de um exército de nova geração", disse Putin.
"Devemos acompanhar todas as mudanças no equilíbrio de forças no mundo e, antes de tudo, perto das fronteiras russas", ressaltou.
Putin pediu ainda "uma atenção especial aos equipamentos das forças russas com armas de grande precisão e os sistemas mais modernos de inteligência e comunicação".
"Vamos, sem dúvida alguma, garantir as capacidades defensivas do nosso país", afirmou, insistindo no caráter pacífico da política externa russa.
O orçamento russo para a defesa nacional deve atingir "no próximo ano 2,8% do produto interno bruto (PIB), ou 46 bilhões de dólares", o que representa 15 vezes menos do que o empregado pelos Estados Unidos, precisou, por sua vez, o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.
Esta "estratégia de defesa tem certamente um caráter ofensivo, se falarmos em linguagem diplomática. Mas se passarmos aos termos militares, tem sem dúvida um caráter agressivo", declarou Putin, durante uma reunião com autoridades do Exército russo, transmitida ao vivo pela televisão pública.
"Não são apenas palavras (...), apoia-se em ações concretas e financiamento", ressaltou.
Em seu relatório sobre a estratégia de segurança nacional, divulgado na segunda-feira, a Casa Branca afirma que "a Rússia está tentando enfraquecer a influência americana no mundo e criando divisões com nossos aliados e parceiros".
No final de novembro, o Congresso dos Estados Unidos aprovou gastos militares de quase US$ 700 bilhões para o ano fiscal de 2018.
Em face das ameaças representadas pelos mísseis balísticos norte-coreanos, os parlamentares americanos também aprovaram um aumento excepcional - cerca de 50% - do orçamento da agência de defesa antimíssil, que aumentará de 8,2 para 12,3 bilhões, a fim de financiar dezenas de novos interceptores.
Por sua parte, Putin denunciou a proliferação de infraestruturas "ofensivas" da Otan e dos Estados Unidos na Europa, acusando Washington de "violações" do tratado russo-americano de 1987 sobre as Forças Nucleares Intermediárias (FNI), que permitiu eliminar toda uma categoria de armas que constava no arsenal das dias maiores potências da Guerra Fria.
"Os sistemas antimísseis podem ser transformados a qualquer momento em sistemas de mísseis de médio alcance", estimou o presidente russo, observando que "os Estados Unidos estão no caminho da destruição do tratado FNI".
"Tudo isso reduz significativamente o nível de segurança na Europa e no mundo", ressaltou o chefe de Estado russo.
"Temos o direito soberano e todas as oportunidades para responder de forma adequada e oportuna a tais ameaças potenciais", advertiu.
"As forças nucleares russas estão atualmente em um nível que permite garantir uma dissuasão nuclear sólida", apontou o presidente russo, ao mesmo tempo que pediu seu fortalecimento.
"A Rússia deve estar entre os países líderes, e em algumas áreas, ser líder absoluto na criação de um exército de nova geração", disse Putin.
"Devemos acompanhar todas as mudanças no equilíbrio de forças no mundo e, antes de tudo, perto das fronteiras russas", ressaltou.
Putin pediu ainda "uma atenção especial aos equipamentos das forças russas com armas de grande precisão e os sistemas mais modernos de inteligência e comunicação".
"Vamos, sem dúvida alguma, garantir as capacidades defensivas do nosso país", afirmou, insistindo no caráter pacífico da política externa russa.
O orçamento russo para a defesa nacional deve atingir "no próximo ano 2,8% do produto interno bruto (PIB), ou 46 bilhões de dólares", o que representa 15 vezes menos do que o empregado pelos Estados Unidos, precisou, por sua vez, o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.
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