Rússia, Turquia e Irã querem reunir regime e rebeldes sírios em janeiro
Astana, Cazaquistão, 22 dez 2017 (AFP) - A Rússia, a Turquia e o Irã propuseram nesta sexta-feira, após discussões em Astana, reunir o regime sírio e os rebeldes no final de janeiro no balneário russo de Sochi.
Uma semana depois do fracasso da reunião de Genebra, a oitava rodada de negociações na capital do Cazaquistão, organizada por Moscou e Teerã, aliados do presidente sírio Bashar al-Assad, e Ancara, que apoia os rebeldes, permitiu à Rússia relançar sua proposta de "Congresso do Diálogo Nacional" sírio.
A ideia desta reunião, que juntaria cerca de 30 forças políticas sírias de todas as tendências, foi lançada após última rodada de negociações em Astana, mas o projeto não havia avançado por conta do tema da participação dos curdos, rechaçada pela Turquia.
Nesta sexta, as forças sírias que serão convidadas para o encontro em janeiro não foram divulgadas.
"Os países patrocinadores confirmam sua intenção de cooperar no intuito de reunir o Congresso do Diálogo Nacional em Sochi, em 29 e 30 de janeiro de 2018, com a participação de toda a sociedade síria", indicaram as delegações russa, turca e iraniana em um comunicado conjunto.
Após seis anos de um conflito que fez mais de 340.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados, o governo do presidente Bashar al-Assad, apoiado pelo Exército russo, tem agora a iniciativa sobre o terreno.
Contudo, o processo de solução política continua parado.
Se Damasco está disposto a aceitar eleições sob a supervisão da ONU, as negociações se chocam no destino de Assad, com o governo rejeitando discutir sua eventual partida, reclamada pela oposição.
Enquanto o processo de Genebra patrocinado pela ONU não avança, Moscou espera capitalizar sobre os avanços concretos obtidos em Astana, que permitiram reunir regime e rebeldes para discutir questões militares, a fim de relançar o diálogo político.
"É hora de fazer o processo político avançar", advogou na quinta-feira o emissário da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, enquanto relacionava as perspectivas de solução à nova rodada de negociações de Genebra, na segunda quinzena de janeiro.
"Cada coisa em seu tempo", insistiu. Segundo ele, o processo de Astana deve se concentrar nas zonas de distensão alcançadas em reuniões anteriores, assim como sobre os assuntos relacionados aos presos e ao desminado das zonas de combate anteriores.
Nesta sexta, em um comunicado separado, De Mistura, presente na reunião de Astana, voltou a ressaltar o fato de que "toda iniciativa política deve contribuir para o processo político na ONU".
As novas discussões aconteceram pouco mais de uma semana após o anúncio pelo presidente Putin da retirada de parte das tropas russas mobilizadas na Síria, onde foi anunciada a "libertação total" do território do controle do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Uma semana depois do fracasso da reunião de Genebra, a oitava rodada de negociações na capital do Cazaquistão, organizada por Moscou e Teerã, aliados do presidente sírio Bashar al-Assad, e Ancara, que apoia os rebeldes, permitiu à Rússia relançar sua proposta de "Congresso do Diálogo Nacional" sírio.
A ideia desta reunião, que juntaria cerca de 30 forças políticas sírias de todas as tendências, foi lançada após última rodada de negociações em Astana, mas o projeto não havia avançado por conta do tema da participação dos curdos, rechaçada pela Turquia.
Nesta sexta, as forças sírias que serão convidadas para o encontro em janeiro não foram divulgadas.
"Os países patrocinadores confirmam sua intenção de cooperar no intuito de reunir o Congresso do Diálogo Nacional em Sochi, em 29 e 30 de janeiro de 2018, com a participação de toda a sociedade síria", indicaram as delegações russa, turca e iraniana em um comunicado conjunto.
Após seis anos de um conflito que fez mais de 340.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados, o governo do presidente Bashar al-Assad, apoiado pelo Exército russo, tem agora a iniciativa sobre o terreno.
Contudo, o processo de solução política continua parado.
Se Damasco está disposto a aceitar eleições sob a supervisão da ONU, as negociações se chocam no destino de Assad, com o governo rejeitando discutir sua eventual partida, reclamada pela oposição.
Enquanto o processo de Genebra patrocinado pela ONU não avança, Moscou espera capitalizar sobre os avanços concretos obtidos em Astana, que permitiram reunir regime e rebeldes para discutir questões militares, a fim de relançar o diálogo político.
"É hora de fazer o processo político avançar", advogou na quinta-feira o emissário da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, enquanto relacionava as perspectivas de solução à nova rodada de negociações de Genebra, na segunda quinzena de janeiro.
"Cada coisa em seu tempo", insistiu. Segundo ele, o processo de Astana deve se concentrar nas zonas de distensão alcançadas em reuniões anteriores, assim como sobre os assuntos relacionados aos presos e ao desminado das zonas de combate anteriores.
Nesta sexta, em um comunicado separado, De Mistura, presente na reunião de Astana, voltou a ressaltar o fato de que "toda iniciativa política deve contribuir para o processo político na ONU".
As novas discussões aconteceram pouco mais de uma semana após o anúncio pelo presidente Putin da retirada de parte das tropas russas mobilizadas na Síria, onde foi anunciada a "libertação total" do território do controle do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
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