EUA decidem reforçar capacidade militar da Ucrânia e Rússia reclama
Moscou, 23 dez 2017 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira (22) sua intenção de reforçar as capacidades defensivas da Ucrânia, o que poderia "fazer novas vítimas" e causar "um banho de sangue" no leste do país, segundo denunciou a Rússia neste sábado (23).
Washington justificou sua decisão, afirmando sua intenção de ajudar Kiev a assegurar a "soberania" de seu território, em um contexto de disputa russo-americana sobre o conflito ucraniano.
"Hoje, os Estados Unidos conduzem [as autoridades ucranianas] para um novo banho de sangue", declarou em um comunicado o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Ryabkov.
"As armas americanas podem causar novas vítimas no nosso vizinho", acrescentou.
Ryabkov acusou os Estados Unidos de "atravessar a linha" e fomentar o conflito na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
"Os revanchistas de Kiev estão atirando em Donbass todos os dias. Eles não querem negociações de paz e sonham em acabar com a população rebelde. E os Estados Unidos decidiram dar-lhes armas para isso", insistiu.
Outro vice-ministro das Relações Exteriores, Grigory Karasin, afirmou, por sua vez, que a medida dos Estados Unidos prejudicaria os esforços para alcançar um acordo político para o conflito na Ucrânia.
"Essencialmente, esta decisão prejudica o trabalho para implementar os acordos de Minsk de 2015", afirmou Karasin à agência de notícias estatal TASS, referindo-se a um acordo de paz mediado pelo Ocidente.
Segundo Karasin, Washington escolheu apoiar "o lado da guerra" em Kiev. "Isso é inaceitável", reagiu.
Ele também reiterou a posição da Rússia de que as autoridades ucranianas deveriam negociar com os rebeldes apoiados pelo Kremlin através de um "diálogo honesto e direto".
"Não há outra maneira de resolver o conflito interno ucraniano", considerou.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira que Washington havia "decidido fornecer à Ucrânia maiores capacidades de defesa como parte dos esforços para ajudar Kiev a desenvolver suas capacidades de defesa a longo prazo, defender sua soberania, sua integridade territorial e evitar toda agressão futura".
"A ajuda americana é inteiramente defensiva. Voltamos a ressaltar que a Ucrânia é um país soberano e tem o direito de se defender", indicou em um comunicado a porta-voz da diplomacia americana, Heather Nauert.
Pouco antes do anúncio, a rede de notícias ABC publicou um relatório indicando que os Estados Unidos planejavam fornecer à Ucrânia mísseis antitanque, citando quatro funcionários do Departamento de Estado.
"O pacote de defesa de 47 milhões de dólares inclui a venda de 210 mísseis antitanque e 35 lançadores de mísseis", acrescenta o relatório.
A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam o presidente russo, Vladimir Putin, de fornecer armas aos rebeldes separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
Mais de 10 mil pessoas morreram e cerca de 24 mil ficaram feridas desde que o início da insurgência pró-russa em abril de 2014.
Neste contexto, o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel lançaram um apelo neste sábado às partes em conflito na Ucrânia, diante das "recentes e inaceitáveis violações do cessar-fogo no leste do país", segundo comunicado do Eliseu.
Expressando "o apoio ao pleno respeito à soberania e integridade territorial da Ucrânia", os dois chefes de Estado "ressaltam que não há outra solução que uma resolução pacífica do conflito".
"As partes devem assumir suas responsabilidades e aplicar a decisões já acordadas, a fim de diminuir o sofrimento das populações atingidas pela situação atual", indica o comunicado.
Washington justificou sua decisão, afirmando sua intenção de ajudar Kiev a assegurar a "soberania" de seu território, em um contexto de disputa russo-americana sobre o conflito ucraniano.
"Hoje, os Estados Unidos conduzem [as autoridades ucranianas] para um novo banho de sangue", declarou em um comunicado o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Ryabkov.
"As armas americanas podem causar novas vítimas no nosso vizinho", acrescentou.
Ryabkov acusou os Estados Unidos de "atravessar a linha" e fomentar o conflito na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
"Os revanchistas de Kiev estão atirando em Donbass todos os dias. Eles não querem negociações de paz e sonham em acabar com a população rebelde. E os Estados Unidos decidiram dar-lhes armas para isso", insistiu.
Outro vice-ministro das Relações Exteriores, Grigory Karasin, afirmou, por sua vez, que a medida dos Estados Unidos prejudicaria os esforços para alcançar um acordo político para o conflito na Ucrânia.
"Essencialmente, esta decisão prejudica o trabalho para implementar os acordos de Minsk de 2015", afirmou Karasin à agência de notícias estatal TASS, referindo-se a um acordo de paz mediado pelo Ocidente.
Segundo Karasin, Washington escolheu apoiar "o lado da guerra" em Kiev. "Isso é inaceitável", reagiu.
Ele também reiterou a posição da Rússia de que as autoridades ucranianas deveriam negociar com os rebeldes apoiados pelo Kremlin através de um "diálogo honesto e direto".
"Não há outra maneira de resolver o conflito interno ucraniano", considerou.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira que Washington havia "decidido fornecer à Ucrânia maiores capacidades de defesa como parte dos esforços para ajudar Kiev a desenvolver suas capacidades de defesa a longo prazo, defender sua soberania, sua integridade territorial e evitar toda agressão futura".
"A ajuda americana é inteiramente defensiva. Voltamos a ressaltar que a Ucrânia é um país soberano e tem o direito de se defender", indicou em um comunicado a porta-voz da diplomacia americana, Heather Nauert.
Pouco antes do anúncio, a rede de notícias ABC publicou um relatório indicando que os Estados Unidos planejavam fornecer à Ucrânia mísseis antitanque, citando quatro funcionários do Departamento de Estado.
"O pacote de defesa de 47 milhões de dólares inclui a venda de 210 mísseis antitanque e 35 lançadores de mísseis", acrescenta o relatório.
A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam o presidente russo, Vladimir Putin, de fornecer armas aos rebeldes separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
Mais de 10 mil pessoas morreram e cerca de 24 mil ficaram feridas desde que o início da insurgência pró-russa em abril de 2014.
Neste contexto, o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel lançaram um apelo neste sábado às partes em conflito na Ucrânia, diante das "recentes e inaceitáveis violações do cessar-fogo no leste do país", segundo comunicado do Eliseu.
Expressando "o apoio ao pleno respeito à soberania e integridade territorial da Ucrânia", os dois chefes de Estado "ressaltam que não há outra solução que uma resolução pacífica do conflito".
"As partes devem assumir suas responsabilidades e aplicar a decisões já acordadas, a fim de diminuir o sofrimento das populações atingidas pela situação atual", indica o comunicado.
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