Intelectual maoísta é detido na China
Pequim, 27 dez 2017 (AFP) - Um intelectual maoísta foi detido na China por "alteração da ordem pública", uma medida contestada por centenas de simpatizantes que enviaram uma petição aos sucessores do "Grande Timoneiro".
Zhang Yunfan, um jovem graduado na prestigiada Universidade de Pequim, foi detido no mês passado enquanto participava de um debate sobre a atitude das autoridades com os discursos "esquerdistas" na Universidade de Cantão (sul), segundo informaram os autores da petição.
Yunfan, que não foi julgado, foi colocado na prisão por seis meses por "organização de reuniões de natureza que alteram a ordem pública", segundo o texto, que nesta quarta-feira (27) já havia sido assinado por mais de 350 pessoas, principalmente universitários, estudantes e jornalistas.
Questionada pela AFP, a Polícia de Cantão - a quem é dirigida a petição - respondeu que não estava autorizada a falar sobre este caso.
A figura de Mao Tsé-Tung, fundador em 1949 da República Popular da China, continua sendo intocável no país, apesar dos milhões de mortos que são atribuídos a ele durante o seu mandato, que terminou com o seu falecimento em 1976.
Mas alguns militantes de esquerda relembram o falecido presidente para criticar seus sucessores por terem abandonado o sonho do igualitarismo comunista, em um país onde as diferenças de riqueza são consideráveis.
Normalmente esses ativistas têm mais margem de manobra para expressar suas opiniões do que os dissidentes "de direita", que reivindicam democracia e o respeito aos direitos humanos, e costumam ser condenados a penas de prisão por "subversão".
Zhang Yunfan, um jovem graduado na prestigiada Universidade de Pequim, foi detido no mês passado enquanto participava de um debate sobre a atitude das autoridades com os discursos "esquerdistas" na Universidade de Cantão (sul), segundo informaram os autores da petição.
Yunfan, que não foi julgado, foi colocado na prisão por seis meses por "organização de reuniões de natureza que alteram a ordem pública", segundo o texto, que nesta quarta-feira (27) já havia sido assinado por mais de 350 pessoas, principalmente universitários, estudantes e jornalistas.
Questionada pela AFP, a Polícia de Cantão - a quem é dirigida a petição - respondeu que não estava autorizada a falar sobre este caso.
A figura de Mao Tsé-Tung, fundador em 1949 da República Popular da China, continua sendo intocável no país, apesar dos milhões de mortos que são atribuídos a ele durante o seu mandato, que terminou com o seu falecimento em 1976.
Mas alguns militantes de esquerda relembram o falecido presidente para criticar seus sucessores por terem abandonado o sonho do igualitarismo comunista, em um país onde as diferenças de riqueza são consideráveis.
Normalmente esses ativistas têm mais margem de manobra para expressar suas opiniões do que os dissidentes "de direita", que reivindicam democracia e o respeito aos direitos humanos, e costumam ser condenados a penas de prisão por "subversão".
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