Porto Alegre sitiada por causa de julgamento de Lula
Porto Alegre, 24 Jan 2018 (AFP) - A cidade de Porto Alegre tornou-se nesta quarta-feira por um dia o centro do país: é lá que se decide o futuro político do ex-presidente Lula.
Todos os olhos estão voltados para a cidade de um milhão e meio de habitantes, onde três juízes do tribunal de apelação podem, ao final do dia, acabar com as ambições do ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva de disputar em outubro a presidência, confirmando sua sentença de nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Cerca de 3.500 membros das forças de segurança foram mobilizados neste reduto histórico da esquerda brasileira. Porto Alegre deixou o anonimato em 2001, depois de ter organizado o primeiro Fórum Social Mundial (FSM), a resposta ao Fórum Econômico de Davos. O Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula foi um personagem de proa.
O perímetro do Tribunal Regional Federal Nº4 (TRF4), localizado perto de um lago, foi fechado e é monitorado por helicópteros e embarcações da Polícia Militar.
Tudo para evitar confrontos entre partidários e opositores de Lula e proteger os três juízes que selarão o destino da maior figura da cena política brasileira: um ex-presidente (2003-2010) que deixou o poder com uma taxa recorde popularidade de mais de 80%, mas também odiado por um enorme segmento da população que quer mandá-lo para trás das grades.
Temendo uma "invasão" de manifestantes pró-Lula que chegavam em ônibus desde o final da semana a sua pacífica cidade, o prefeito Nelson Marchezan Jr. pediu apoio aos militares.
Poucas horas após o início deste julgamento crucial, a situação era calma, mas poderia mudar com o anúncio da decisão do tribunal.
Os partidários de Lula são muito mais numerosos e intensos do que seus opositores nas ruas, cheias de cartazes, principalmente do PT, em apoio ao seu fundador.
Um folheto chamava os militantes de esquerda a "não deixar que seja condenado", outro proclamava "Lula inocente" ou "Uma eleição sem Lula seria fraudulenta".
Os opositores também se mobilizaram: um enorme boneco inflável de Lula em uniforme de prisioneiro navegava no lago perto do TRF4.
O julgamento também atraiu cerca de 300 jornalistas, incluindo 45 acreditados para a imprensa estrangeira.
Mas o centro da capital do estado do Rio Grande do Sul estava deserto, com os funcionários públicos em recesso em razão do processo.
csc-pt/lg/mr
Todos os olhos estão voltados para a cidade de um milhão e meio de habitantes, onde três juízes do tribunal de apelação podem, ao final do dia, acabar com as ambições do ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva de disputar em outubro a presidência, confirmando sua sentença de nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Cerca de 3.500 membros das forças de segurança foram mobilizados neste reduto histórico da esquerda brasileira. Porto Alegre deixou o anonimato em 2001, depois de ter organizado o primeiro Fórum Social Mundial (FSM), a resposta ao Fórum Econômico de Davos. O Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula foi um personagem de proa.
O perímetro do Tribunal Regional Federal Nº4 (TRF4), localizado perto de um lago, foi fechado e é monitorado por helicópteros e embarcações da Polícia Militar.
Tudo para evitar confrontos entre partidários e opositores de Lula e proteger os três juízes que selarão o destino da maior figura da cena política brasileira: um ex-presidente (2003-2010) que deixou o poder com uma taxa recorde popularidade de mais de 80%, mas também odiado por um enorme segmento da população que quer mandá-lo para trás das grades.
Temendo uma "invasão" de manifestantes pró-Lula que chegavam em ônibus desde o final da semana a sua pacífica cidade, o prefeito Nelson Marchezan Jr. pediu apoio aos militares.
Poucas horas após o início deste julgamento crucial, a situação era calma, mas poderia mudar com o anúncio da decisão do tribunal.
Os partidários de Lula são muito mais numerosos e intensos do que seus opositores nas ruas, cheias de cartazes, principalmente do PT, em apoio ao seu fundador.
Um folheto chamava os militantes de esquerda a "não deixar que seja condenado", outro proclamava "Lula inocente" ou "Uma eleição sem Lula seria fraudulenta".
Os opositores também se mobilizaram: um enorme boneco inflável de Lula em uniforme de prisioneiro navegava no lago perto do TRF4.
O julgamento também atraiu cerca de 300 jornalistas, incluindo 45 acreditados para a imprensa estrangeira.
Mas o centro da capital do estado do Rio Grande do Sul estava deserto, com os funcionários públicos em recesso em razão do processo.
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