Procuradoria venezuelana pedirá alerta vermelho da Interpol contra ex-chefe petroleiro
Caracas, 25 Jan 2018 (AFP) - A Procuradoria venezuelana anunciou nesta quinta-feira (25) que pedirá uma ordem de apreensão e a emissão de um alerta vermelho da Interpol contra o ex-presidente da estatal petroleira Pdvsa, Rafael Ramírez, investigado por supostos feitos de corrupção.
"Vamos solicitar uma ordem de apreensão com o correspondente alerta vermelho por peculato doloso, legitimação de capitais e associação (...). Nada de choro, senhor Ramírez", disse o procurador-geral, Tarek William Saab, durante uma declaração transmitida pela televisão.
O procurador acusou Ramírez - presidente da petroleira entre 2004 e 2014, e homem de confiança do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013) - de ser "um dos principais desfalcadores da quebra corrupta da Pdvsa".
Ramírez supostamente foi incriminado por seu primo-irmão Diego Salázar, de quem, segundo o procurador, foram apreendidas 102 obras de arte de alto valor, além de "36 imóveis residenciais, 11 empresariais, quatro comerciais e oito veículos de alto valor".
Salázar, detido em 1º de dezembro, é acusado de desvio e lavagem de 1,498 bilhão de euros de fundos públicos em Andorra entre 2011 e 2012. Saab sustentou que o Ministério Público avançou em acusações contra 70 gerentes da Pdvsa.
Ramírez, também ex-ministro de Petróleo, é investigado pelo suposto desvio de milhões de dólares mediante operações de intermediação de compra e venda de petróleo e por um suposto detrimento patrimonial, entre 2009 e 2015, de 4,8 bilhões de dólares.
Por exigência do presidente Nicolás Maduro, renunciou como embaixador na ONU em 4 de dezembro e está no exterior em um paradeiro desconhecido.
Ramírez qualificou como "infames" as acusações do procurador, ao expressar que "constituem um abuso de poder e uma represália" por sua proposta de primárias no PSUV.
Em meio a denúncias de corrupção, Ramírez confessou seu desejo de participar das eleições presidenciais que serão realizadas antes de 30 de abril se o governo de seu país lhe garantir que não será perseguido ao retornar a Caracas.
Maduro busca se reeleger nessas votações.
"Querem impor uma candidatura pelo meno e pela força. Silenciar e criminalizar a crítica. Onde fica a democracia participativa e protagonista?", reagiu Ramírez nesta quinta-feira no Twitter.
Analistas e ex-funcionários vinculam a queda do poderoso ex-diretor a expurgos no chavismo visando as presidenciais.
A Pdvsa, que fornece 96% da renda da Venezuela, fechou 2017 com a maior queda de produção em 30 anos.
"Vamos solicitar uma ordem de apreensão com o correspondente alerta vermelho por peculato doloso, legitimação de capitais e associação (...). Nada de choro, senhor Ramírez", disse o procurador-geral, Tarek William Saab, durante uma declaração transmitida pela televisão.
O procurador acusou Ramírez - presidente da petroleira entre 2004 e 2014, e homem de confiança do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013) - de ser "um dos principais desfalcadores da quebra corrupta da Pdvsa".
Ramírez supostamente foi incriminado por seu primo-irmão Diego Salázar, de quem, segundo o procurador, foram apreendidas 102 obras de arte de alto valor, além de "36 imóveis residenciais, 11 empresariais, quatro comerciais e oito veículos de alto valor".
Salázar, detido em 1º de dezembro, é acusado de desvio e lavagem de 1,498 bilhão de euros de fundos públicos em Andorra entre 2011 e 2012. Saab sustentou que o Ministério Público avançou em acusações contra 70 gerentes da Pdvsa.
Ramírez, também ex-ministro de Petróleo, é investigado pelo suposto desvio de milhões de dólares mediante operações de intermediação de compra e venda de petróleo e por um suposto detrimento patrimonial, entre 2009 e 2015, de 4,8 bilhões de dólares.
Por exigência do presidente Nicolás Maduro, renunciou como embaixador na ONU em 4 de dezembro e está no exterior em um paradeiro desconhecido.
Ramírez qualificou como "infames" as acusações do procurador, ao expressar que "constituem um abuso de poder e uma represália" por sua proposta de primárias no PSUV.
Em meio a denúncias de corrupção, Ramírez confessou seu desejo de participar das eleições presidenciais que serão realizadas antes de 30 de abril se o governo de seu país lhe garantir que não será perseguido ao retornar a Caracas.
Maduro busca se reeleger nessas votações.
"Querem impor uma candidatura pelo meno e pela força. Silenciar e criminalizar a crítica. Onde fica a democracia participativa e protagonista?", reagiu Ramírez nesta quinta-feira no Twitter.
Analistas e ex-funcionários vinculam a queda do poderoso ex-diretor a expurgos no chavismo visando as presidenciais.
A Pdvsa, que fornece 96% da renda da Venezuela, fechou 2017 com a maior queda de produção em 30 anos.
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