Itália espera que 'clima positivo' com Brasil ajude a 'solucionar' caso Battisti
Brasília, 22 Fev 2018 (AFP) - O chanceler italiano, Angelino Alfano, declarou nesta quinta-feira, em Brasília, que o "clima positivo" nas relações bilaterais poderá favorecer uma "solução" para o caso de Cesare Battisti, o ex-militante de extrema esquerda condenado na Itália por assassinato e que Roma pede sua extradição.
"A Itália acompanha com extrema atenção a evolução do caso Battisti na Justiça brasileira", destacou Alfano após uma reunião com o chanceler Aloysio Nunes.
"Esperamos que, em pleno respeito à independência da Justiça e com o clima positivo que se instaurou entre nossos países se possa chegar a uma solução sobre esta questão, que ainda é muito sensível na Itália", acrescentou o ministro italiano, que também se reuniu com o presidente Michel Temer.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios na década de 1970, dos quais se declara inocente, mas escapou e passou cerca de 30 anos entre México e França, onde desenvolveu uma bem sucedida carreira de escritor de histórias policiais, antes de fugir para o Brasil, em 2004.
Seis anos depois, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu sua extradição, que havia sido autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
Mas após o impeachment em 2016 de Dilma Rousseff e com Temer no comando, o governo brasileiro passou a dar sinais de que poderá reverter sua decisão.
Battisti, 63 anos, vive no estado de São Paulo e está sob vigilância eletrônica desde o ano passado, a espera de ser julgado por tentativa de evasão de divisas.
O italiano foi detido na fronteira com a Bolívia com uma soma em dinheiro maior que a permitida, o que foi interpretado por um juiz como uma tentativa de fuga.
"A Itália acompanha com extrema atenção a evolução do caso Battisti na Justiça brasileira", destacou Alfano após uma reunião com o chanceler Aloysio Nunes.
"Esperamos que, em pleno respeito à independência da Justiça e com o clima positivo que se instaurou entre nossos países se possa chegar a uma solução sobre esta questão, que ainda é muito sensível na Itália", acrescentou o ministro italiano, que também se reuniu com o presidente Michel Temer.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios na década de 1970, dos quais se declara inocente, mas escapou e passou cerca de 30 anos entre México e França, onde desenvolveu uma bem sucedida carreira de escritor de histórias policiais, antes de fugir para o Brasil, em 2004.
Seis anos depois, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu sua extradição, que havia sido autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
Mas após o impeachment em 2016 de Dilma Rousseff e com Temer no comando, o governo brasileiro passou a dar sinais de que poderá reverter sua decisão.
Battisti, 63 anos, vive no estado de São Paulo e está sob vigilância eletrônica desde o ano passado, a espera de ser julgado por tentativa de evasão de divisas.
O italiano foi detido na fronteira com a Bolívia com uma soma em dinheiro maior que a permitida, o que foi interpretado por um juiz como uma tentativa de fuga.
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