Henri Falcón desafia Maduro e oposição na Venezuela
Caracas, 28 Fev 2018 (AFP) - Acusado de traidor por opositores e chavistas, Henri Falcón se apresenta como o salvador da Venezuela, mas sua candidatura à presidência carrega o estigma de dar legitimidade a uma possível reeleição de Nicolás Maduro na votação prevista para 22 de abril.
Contrariando a decisão da Mesa da Unidade Democrática (MUD) de boicotear as eleições por considerá-las "um show fraudulento", Falcón se inscreveu no poder eleitoral e deflagrou uma polêmica sobre a conveniência de sua candidatura.
"Me entristece que enquanto pessoas morrem de fome (...) haja políticos tratando de nos atacar, deixando passar esta oportunidade", declarou nesta quarta-feira ao responder as críticas.
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) acusa Falcón de se "afastar da Unidade e do sentimento democrático": "não podemos convalidar um sistema eleitoral fraudulento".
Militar da reserva de 56 anos, Falcón, cuja candidatura foi lançada por três pequenos partidos, é acusado pelos governistas de ter traído o legado do líder socialista Hugo Chávez, e também desperta suspeita da oposição por seu passado chavista.
Falcón, advogado, ex-prefeito e governador do estado de Falcón entre 2008 e 2017, foi ligado ao movimento que levou o finado Chávez ao poder em 1999, mas rompeu com o "chavismo" em 2010 mediante uma carta aberta na qual denunciou ter sido alijado por denunciar os erros da chamada "revolução bolivariana".
Segundo o Instituto Venezuelano de Análise de Dados, Falcón tem 24% das intenções de voto, contra 18% para Maduro, mas analistas avaliam que o militar não representa um risco real diante do controle institucional e social que o governo exerce.
Ao se inscrever na terça-feira no Conselho Eleitoral, Falcón pediu o adiamento das eleições, mas se declarou seguro de vencer Maduro, que chamou de "candidato da fome".
"Exigimos a revisão do cronograma eleitoral. Acreditamos que é perfeitamente possível alterar (...) a data de 22 em função de outra data que dê verdadeiras possibilidades de organização e exercício da política" para "derrotar a abstenção", declarou.
"Vamos nos unir em torno de apenas um objetivo: salvar a Venezuela, vencer para superar a situação de fome generalizada, para recuperar a economia".
Segundo o especialista em comunicação política Andrés Cañizalez, Falcón "está fazendo uma jogada arriscada tentando formar um centro político distinto do chavismo e da oposição radical (...) e atraindo os indecisos".
Além de Falcón, há quatro candidatos, todos desconhecidos: o pastor Javier Bertucci, o engenheiro Reinaldo Quijada, o empresário Alejandro Ratti e o militar Francisco Visconti.
O poder eleitoral estendeu por 48 horas, até a quinta-feira, o prazo para a inscrição dos candidatos, alimentando versões de que existem negociações entre o governo e um setor da oposição sobre garantias para as eleições.
Contrariando a decisão da Mesa da Unidade Democrática (MUD) de boicotear as eleições por considerá-las "um show fraudulento", Falcón se inscreveu no poder eleitoral e deflagrou uma polêmica sobre a conveniência de sua candidatura.
"Me entristece que enquanto pessoas morrem de fome (...) haja políticos tratando de nos atacar, deixando passar esta oportunidade", declarou nesta quarta-feira ao responder as críticas.
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) acusa Falcón de se "afastar da Unidade e do sentimento democrático": "não podemos convalidar um sistema eleitoral fraudulento".
Militar da reserva de 56 anos, Falcón, cuja candidatura foi lançada por três pequenos partidos, é acusado pelos governistas de ter traído o legado do líder socialista Hugo Chávez, e também desperta suspeita da oposição por seu passado chavista.
Falcón, advogado, ex-prefeito e governador do estado de Falcón entre 2008 e 2017, foi ligado ao movimento que levou o finado Chávez ao poder em 1999, mas rompeu com o "chavismo" em 2010 mediante uma carta aberta na qual denunciou ter sido alijado por denunciar os erros da chamada "revolução bolivariana".
Segundo o Instituto Venezuelano de Análise de Dados, Falcón tem 24% das intenções de voto, contra 18% para Maduro, mas analistas avaliam que o militar não representa um risco real diante do controle institucional e social que o governo exerce.
Ao se inscrever na terça-feira no Conselho Eleitoral, Falcón pediu o adiamento das eleições, mas se declarou seguro de vencer Maduro, que chamou de "candidato da fome".
"Exigimos a revisão do cronograma eleitoral. Acreditamos que é perfeitamente possível alterar (...) a data de 22 em função de outra data que dê verdadeiras possibilidades de organização e exercício da política" para "derrotar a abstenção", declarou.
"Vamos nos unir em torno de apenas um objetivo: salvar a Venezuela, vencer para superar a situação de fome generalizada, para recuperar a economia".
Segundo o especialista em comunicação política Andrés Cañizalez, Falcón "está fazendo uma jogada arriscada tentando formar um centro político distinto do chavismo e da oposição radical (...) e atraindo os indecisos".
Além de Falcón, há quatro candidatos, todos desconhecidos: o pastor Javier Bertucci, o engenheiro Reinaldo Quijada, o empresário Alejandro Ratti e o militar Francisco Visconti.
O poder eleitoral estendeu por 48 horas, até a quinta-feira, o prazo para a inscrição dos candidatos, alimentando versões de que existem negociações entre o governo e um setor da oposição sobre garantias para as eleições.
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