Imigrantes ilegais são detidos em 'santuários' da Califórnia
Los Angeles, 28 Fev 2018 (AFP) - A polícia migratória dos Estados Unidos deteve 150 migrantes em situação ilegal em batidas no norte da Califórnia, que não resultaram em mais prisões porque uma prefeita avisou um dia antes sobre a operação.
As prisões foram realizadas no domingo, de acordo com um comunicado do ICE, a autoridade migratória.
"Ao menos a metade desses indivíduos presos tinha condenações criminais, além de suas violações migratórias, incluindo casos de assalto, crimes contra crianças, porte de armas", assinalou o texto.
O ICE vem realizando operações na Califórnia, um estado que se proclamou, como muitas de suas cidades, "santuário", ou seja, que não colabora com as autoridades federais na prisão de imigrantes em situação ilegal.
Organizações pró-imigrantes convocaram um protesto nesta quarta-feira (28) em frente à sede do ICE em San Francisco.
"A força de deportação de Donald Trump ameaça nossos vizinhos e familiares com batidas maciças", indicou o chamado da ONG Immigrant Liberation Movement. "Isso é nada menos que repressão política contra as cidades santuário que defendem os direitos humanos".
O ICE prendeu há duas semanas 212 pessoas sem documentos em Los Angeles, onde também fiscalizou empresas para confirmar que não tinham funcionários em situação ilegal.
No sábado, antes da operação, a prefeita Libby Schaaf, de Oakland, vizinha a San Francisco, advertiu sobre a operação, o que, segundo o ICE, impediu que fossem realizadas mais detenções.
O diretor adjunto do ICE, Thomas D. Homan, disse que esta "imprudente" decisão "se baseou em uma agenda política" e que "alertou criminosos estrangeiros".
Alguns tinham ordens de deportação, ou já haviam sido expulsos e retornaram ao país.
Mas além destes 150, outros "864 criminosos e ameaças à comunidade permanecem à vontade", afirmou Homan. "Tenho que acreditar que alguns deles nos eludiram graças à irresponsável decisão da prefeita".
Schaaf escreveu no Twitter que sua declaração no sábado "tinha o objetivo de dar tempo aos moradores de aprenderem seus direitos e conheceram suas opções legais".
"Acreditamos que nossa comunidade está mais segura quando as famílias permanecem juntas".
O foco das batidas do ICE são pessoas sem documentos com antecedentes, embora isso não impeça que os que não têm uma ficha criminal sejam presos.
Na semana passada, o ICE também anunciou a prisão de outros 145 imigrantes em situação ilegal no Texas, a maioria do México.
Desde que o presidente Donald Trump assumiu a Presidência - com um discuso anti-imigrantes, comparando-os com cobras traiçoeiras - deu mais poder ao ICE. Também tramita no Congresso os fundos para construir um muro na fronteira com o México.
Nos últimos dias, os serviços de imigração colocaram em prática uma diretriz que autoriza seus agentes a entrarem diretamente nos tribunais para prender pessoas cujos documentos migratórios não estejam em dia.
Até agora as salas de audiência eram consideradas santuários para não desanimar testemunhas em assuntos criminais.
As prisões foram realizadas no domingo, de acordo com um comunicado do ICE, a autoridade migratória.
"Ao menos a metade desses indivíduos presos tinha condenações criminais, além de suas violações migratórias, incluindo casos de assalto, crimes contra crianças, porte de armas", assinalou o texto.
O ICE vem realizando operações na Califórnia, um estado que se proclamou, como muitas de suas cidades, "santuário", ou seja, que não colabora com as autoridades federais na prisão de imigrantes em situação ilegal.
Organizações pró-imigrantes convocaram um protesto nesta quarta-feira (28) em frente à sede do ICE em San Francisco.
"A força de deportação de Donald Trump ameaça nossos vizinhos e familiares com batidas maciças", indicou o chamado da ONG Immigrant Liberation Movement. "Isso é nada menos que repressão política contra as cidades santuário que defendem os direitos humanos".
O ICE prendeu há duas semanas 212 pessoas sem documentos em Los Angeles, onde também fiscalizou empresas para confirmar que não tinham funcionários em situação ilegal.
No sábado, antes da operação, a prefeita Libby Schaaf, de Oakland, vizinha a San Francisco, advertiu sobre a operação, o que, segundo o ICE, impediu que fossem realizadas mais detenções.
O diretor adjunto do ICE, Thomas D. Homan, disse que esta "imprudente" decisão "se baseou em uma agenda política" e que "alertou criminosos estrangeiros".
Alguns tinham ordens de deportação, ou já haviam sido expulsos e retornaram ao país.
Mas além destes 150, outros "864 criminosos e ameaças à comunidade permanecem à vontade", afirmou Homan. "Tenho que acreditar que alguns deles nos eludiram graças à irresponsável decisão da prefeita".
Schaaf escreveu no Twitter que sua declaração no sábado "tinha o objetivo de dar tempo aos moradores de aprenderem seus direitos e conheceram suas opções legais".
"Acreditamos que nossa comunidade está mais segura quando as famílias permanecem juntas".
O foco das batidas do ICE são pessoas sem documentos com antecedentes, embora isso não impeça que os que não têm uma ficha criminal sejam presos.
Na semana passada, o ICE também anunciou a prisão de outros 145 imigrantes em situação ilegal no Texas, a maioria do México.
Desde que o presidente Donald Trump assumiu a Presidência - com um discuso anti-imigrantes, comparando-os com cobras traiçoeiras - deu mais poder ao ICE. Também tramita no Congresso os fundos para construir um muro na fronteira com o México.
Nos últimos dias, os serviços de imigração colocaram em prática uma diretriz que autoriza seus agentes a entrarem diretamente nos tribunais para prender pessoas cujos documentos migratórios não estejam em dia.
Até agora as salas de audiência eram consideradas santuários para não desanimar testemunhas em assuntos criminais.
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