Países africanos assinam acordo para criar zona de livre-comércio
Kigali, 21 Mar 2018 (AFP) - Quarenta e quatro países africanos assinaram nesta quarta-feira (21), em Ruanda, um acordo para criar uma zona de livre-comércio continental (Zlec), considerada essencial para o desenvolvimento econômico da África, pois aumentaria o comércio dentro do continente.
A criação desta Zlec - que poderia ser a a maior do mundo, considerando o número de países - se dá após dois anos de negociações. É um dos projetos-chave da União Africana (UA) para reforçar a integração no contente.
"O acordo para criar a Zlec foi assinado por 44 países", disse o presidente da Comissão da UA, Musa Faki, após uma cúpula da organização Kigali.
Marrocos, Egito, Quênia e a protecionista Argélia, assinaram o acordo que entrará em vigor em um prazo de 180 dias, após ser ratificado nacionalmente pelos países signatários.
África do Sul e Nigéria, duas das maiores economias do continente, são duas das principais ausências do pacto.
"Alguns países têm reticências e ainda não terminaram as consultas em nível nacional. Mas faremos outra cúpula na Mauritânia em julho e esperamos que os países receosos assinem", disse o comissário de Comércio e Indústria da UA, Albert Muchanga.
- 'Uma nova etapa' -Segundo dados da organização, a eliminação progressiva dos direitos aduaneiros entre membros da zona favorecerá o comércio dentro do continente e permitirá aos países africanos se libertar de um sistema econômico muito baseado na exploração das matérias-primas.
A UA estima ainda que a Zlec vai aumentar em quase 60% o nível de comércio interafricano até 2022, frente aos atuais 16%.
Se os 55 países-membros da UA assinarem o documento, a Zlec abrirá o acesso a um mercado de 1,2 bilhão de pessoas, para um PIB acumulado de mais de 2,5 bilhões de dólares.
Seus defensores estimam que contribuirá para a diversificação das economias africanas e a industrialização do continente, além de oferecer uma plataforma única para negociar melhores acordos comerciais com o exterior.
Este acordo "marca uma nova etapa em nosso caminho para uma maior integração, com mais unidade', indicou Faki antes da cúpula.
Mas nem todos compartilham deste otimismo. Os setores críticos do projeto realçam a péssima qualidade de transporte e a falta de complementariedade entre as economias africanas, um freio ao desenvolvimento do comércio interafricano.
Para Sola Afolabi, consultor nigeriano de comércio internacional, o fracasso, segundo ele, de zonas comerciais regionais, como a Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), é um aviso para levar em conta.
A Zlec é um dos projetos-chave que a UA destaca em sua Agenda 2063, um programa de desenvolvimento a longo prazo que prevê facilitar os fluxos de mercadorias e pessoas no continente.
A criação desta Zlec - que poderia ser a a maior do mundo, considerando o número de países - se dá após dois anos de negociações. É um dos projetos-chave da União Africana (UA) para reforçar a integração no contente.
"O acordo para criar a Zlec foi assinado por 44 países", disse o presidente da Comissão da UA, Musa Faki, após uma cúpula da organização Kigali.
Marrocos, Egito, Quênia e a protecionista Argélia, assinaram o acordo que entrará em vigor em um prazo de 180 dias, após ser ratificado nacionalmente pelos países signatários.
África do Sul e Nigéria, duas das maiores economias do continente, são duas das principais ausências do pacto.
"Alguns países têm reticências e ainda não terminaram as consultas em nível nacional. Mas faremos outra cúpula na Mauritânia em julho e esperamos que os países receosos assinem", disse o comissário de Comércio e Indústria da UA, Albert Muchanga.
- 'Uma nova etapa' -Segundo dados da organização, a eliminação progressiva dos direitos aduaneiros entre membros da zona favorecerá o comércio dentro do continente e permitirá aos países africanos se libertar de um sistema econômico muito baseado na exploração das matérias-primas.
A UA estima ainda que a Zlec vai aumentar em quase 60% o nível de comércio interafricano até 2022, frente aos atuais 16%.
Se os 55 países-membros da UA assinarem o documento, a Zlec abrirá o acesso a um mercado de 1,2 bilhão de pessoas, para um PIB acumulado de mais de 2,5 bilhões de dólares.
Seus defensores estimam que contribuirá para a diversificação das economias africanas e a industrialização do continente, além de oferecer uma plataforma única para negociar melhores acordos comerciais com o exterior.
Este acordo "marca uma nova etapa em nosso caminho para uma maior integração, com mais unidade', indicou Faki antes da cúpula.
Mas nem todos compartilham deste otimismo. Os setores críticos do projeto realçam a péssima qualidade de transporte e a falta de complementariedade entre as economias africanas, um freio ao desenvolvimento do comércio interafricano.
Para Sola Afolabi, consultor nigeriano de comércio internacional, o fracasso, segundo ele, de zonas comerciais regionais, como a Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), é um aviso para levar em conta.
A Zlec é um dos projetos-chave que a UA destaca em sua Agenda 2063, um programa de desenvolvimento a longo prazo que prevê facilitar os fluxos de mercadorias e pessoas no continente.
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