Congresso dos EUA fecha acordo para evitar paralisia do governo
Washington, 22 Mar 2018 (AFP) - Os líderes democratas e republicanos do Congresso dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo para financiar o estado federal até o fim do ano orçamentário de 2018, evitando assim a paralisação do governo.
Cada lado teve que renunciar a algumas de suas reivindicações na dura negociação. De acordo com os democratas ficou comprometida uma das promessas de campanha de Donald Trump: a construção de um muro na fronteira com o México.
Mas o presidente afirmou o contrário: "Obtive 1,6 bilhão de dólares para começar a barreira na fronteira sul, o restante chegará", escreveu no Twitter. Ao mesmo tempo, lamentou ter que "desperdiçar dinheiro" em "brindes democratas" para assegurar o financiamento militar.
Os negociadores republicanos publicaram na noite de quarta-feira, dois dias antes do chamado "shutdown", um longo texto obtido após semanas de duras negociações.
O acordo prevê elevar o gasto militar a 700 bilhões de dólares, e o restante dos gastos correntes a 591 bilhões de dólares, para o ano fiscal que termina no próximo dia 30 de setembro.
O Pentágono tem assim sua maior alta no orçamento em 15 anos, uma vitória dos republicanos destacada pelo presidente da Câmara, Paul Ryan.
O Congresso dispõe agora de dois dias, até a meia-noite de sexta-feira, para adotar o texto e evitar a paralisação da administração pública. A Câmara votará antes do Senado.
Republicanos e democratas foram obrigados a abrir mão de algumas de suas prioridades.
De acordo com os democratas, o compromisso alcançado finalmente inclui apenas 641 milhões de dólares para a construção de 50 km de barreiras na fronteira com o México, destacaram os democratas, que avaliam ter barrado o plano do presidente Donald Trump de construir o muro.
O acordo estipula que as novas barreiras na fronteira devem ser similares às já construídas, o que exclui o muro de cimento planejado por Trump.
Mas o texto também não prevê qualquer medida de regularização para os jovens imigrantes em situação ilegal nos Estados Unidos, como defendiam os democratas.
Um artigo que reformula o sistema de verificação dos antecedentes criminais e psiquiátricos dos compradores de armas foi incluído e, eliminada a proibição de investigações federais sobre incidentes violentos com armas de fogo, outra velha reivindicação dos democratas.
Centenas de milhões de dólares suplementares foram desbloqueados para o FBI combater os ciberataques russos e para que os Estados se defendam melhor dos hackers.
"Cada lei exige concessões, e aqui ocorreram muitas, mas os democratas estão satisfeitos, já que várias de nossas prioridades para a classe média foram atendidas", destacou o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer.
"Esta lei nos permite cumprir com nossa promessa de reconstruir o Exército dos Estados Unidos", declarou o presidente da Câmara, Paul Ryan.
Já os ultraconservadores da Câmara anunciaram que não aprovarão o texto acertado, do mesmo modo que alguns democratas, por razões diversas.
"Estamos aprofundando a quebra do país", protestou o deputado republicano do Tea Party Justin Amash em entrevista à Fox News.
"Sou contra porque rejeito as expulsões contínuas de imigrantes e de suas famílias, que mantêm cidades como a minha, Chicago", declarou o democrata Luis Gutiérrez.
Cada lado teve que renunciar a algumas de suas reivindicações na dura negociação. De acordo com os democratas ficou comprometida uma das promessas de campanha de Donald Trump: a construção de um muro na fronteira com o México.
Mas o presidente afirmou o contrário: "Obtive 1,6 bilhão de dólares para começar a barreira na fronteira sul, o restante chegará", escreveu no Twitter. Ao mesmo tempo, lamentou ter que "desperdiçar dinheiro" em "brindes democratas" para assegurar o financiamento militar.
Os negociadores republicanos publicaram na noite de quarta-feira, dois dias antes do chamado "shutdown", um longo texto obtido após semanas de duras negociações.
O acordo prevê elevar o gasto militar a 700 bilhões de dólares, e o restante dos gastos correntes a 591 bilhões de dólares, para o ano fiscal que termina no próximo dia 30 de setembro.
O Pentágono tem assim sua maior alta no orçamento em 15 anos, uma vitória dos republicanos destacada pelo presidente da Câmara, Paul Ryan.
O Congresso dispõe agora de dois dias, até a meia-noite de sexta-feira, para adotar o texto e evitar a paralisação da administração pública. A Câmara votará antes do Senado.
Republicanos e democratas foram obrigados a abrir mão de algumas de suas prioridades.
De acordo com os democratas, o compromisso alcançado finalmente inclui apenas 641 milhões de dólares para a construção de 50 km de barreiras na fronteira com o México, destacaram os democratas, que avaliam ter barrado o plano do presidente Donald Trump de construir o muro.
O acordo estipula que as novas barreiras na fronteira devem ser similares às já construídas, o que exclui o muro de cimento planejado por Trump.
Mas o texto também não prevê qualquer medida de regularização para os jovens imigrantes em situação ilegal nos Estados Unidos, como defendiam os democratas.
Um artigo que reformula o sistema de verificação dos antecedentes criminais e psiquiátricos dos compradores de armas foi incluído e, eliminada a proibição de investigações federais sobre incidentes violentos com armas de fogo, outra velha reivindicação dos democratas.
Centenas de milhões de dólares suplementares foram desbloqueados para o FBI combater os ciberataques russos e para que os Estados se defendam melhor dos hackers.
"Cada lei exige concessões, e aqui ocorreram muitas, mas os democratas estão satisfeitos, já que várias de nossas prioridades para a classe média foram atendidas", destacou o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer.
"Esta lei nos permite cumprir com nossa promessa de reconstruir o Exército dos Estados Unidos", declarou o presidente da Câmara, Paul Ryan.
Já os ultraconservadores da Câmara anunciaram que não aprovarão o texto acertado, do mesmo modo que alguns democratas, por razões diversas.
"Estamos aprofundando a quebra do país", protestou o deputado republicano do Tea Party Justin Amash em entrevista à Fox News.
"Sou contra porque rejeito as expulsões contínuas de imigrantes e de suas famílias, que mantêm cidades como a minha, Chicago", declarou o democrata Luis Gutiérrez.
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