Itália e Espanha têm protestos após navio de ONG ser confiscado
Roma, 24 Mar 2018 (AFP) - Centenas de pessoas protestaram neste sábado (24) na Espanha e na Itália sob o slogan "Socorrer no mar não é crime" contra a imobilização de um navio da ONG espanhola Proactiva Open Arms, decidida pela Justiça italiana.
"Aumenta a violência contra as ONGs e a solidariedade (...), mas as ONGs operam no Mediterrâneo porque há um vazio. É vital que haja embarcações de resgate mar adentro em frente à Líbia", declarou à imprensa Riccardo Gatti, diretor da Proactiva Open Arms na Itália, durante uma manifestação em Roma.
Também houve protestos em Madri, sob a chuva em Barcelona e em outras 10 cidades espanholas.
Três diretores desta organização são alvo de uma investigação por associação ilegal para favorecer a imigração clandestina, e seu navio, o "Open Arms", foi imobilizado em Pozzallo (sul da Sicília) após uma operação de resgate no mar, na qual socorristas se recusaram a entregar imigrantes aos guardas costeiros líbios.
Um juiz siciliano deve se pronunciar na próxima semana sobre a imobilização do navio.
A Marinha líbia elogiou, nesta semana, as medidas contra a ONG, que reforçam a confiança nos esforços de cooperação entre Líbia e Itália para combater a imigração clandestina e freiam "comportamentos irresponsáveis" das ONGs e a "exploração de imigrantes".
A direita italiana também celebrou a medida.
"Se salvar vidas no mar, recusando-se a confiar pessoas naufragadas aos líbios que não reconhecem a sacralidade dos direitos humanos, é um delito, então devo me render", reagiu Giusi Nicolini, ex-prefeito de Lampedusa, ilha italiana mais próxima da costa líbia.
"Nenhum Estado nem ONG pode, moralmente, com conhecimento de causa, desembarcar na Líbia refugiados e imigrantes socorridos no Mediterrâneo. Todos sabemos o que acontece depois", insistiu Vincent Cochetel, representante na região do Alto Comissariado da ONU para os refugiados.
"Aumenta a violência contra as ONGs e a solidariedade (...), mas as ONGs operam no Mediterrâneo porque há um vazio. É vital que haja embarcações de resgate mar adentro em frente à Líbia", declarou à imprensa Riccardo Gatti, diretor da Proactiva Open Arms na Itália, durante uma manifestação em Roma.
Também houve protestos em Madri, sob a chuva em Barcelona e em outras 10 cidades espanholas.
Três diretores desta organização são alvo de uma investigação por associação ilegal para favorecer a imigração clandestina, e seu navio, o "Open Arms", foi imobilizado em Pozzallo (sul da Sicília) após uma operação de resgate no mar, na qual socorristas se recusaram a entregar imigrantes aos guardas costeiros líbios.
Um juiz siciliano deve se pronunciar na próxima semana sobre a imobilização do navio.
A Marinha líbia elogiou, nesta semana, as medidas contra a ONG, que reforçam a confiança nos esforços de cooperação entre Líbia e Itália para combater a imigração clandestina e freiam "comportamentos irresponsáveis" das ONGs e a "exploração de imigrantes".
A direita italiana também celebrou a medida.
"Se salvar vidas no mar, recusando-se a confiar pessoas naufragadas aos líbios que não reconhecem a sacralidade dos direitos humanos, é um delito, então devo me render", reagiu Giusi Nicolini, ex-prefeito de Lampedusa, ilha italiana mais próxima da costa líbia.
"Nenhum Estado nem ONG pode, moralmente, com conhecimento de causa, desembarcar na Líbia refugiados e imigrantes socorridos no Mediterrâneo. Todos sabemos o que acontece depois", insistiu Vincent Cochetel, representante na região do Alto Comissariado da ONU para os refugiados.
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