Último reduto rebelde em Ghuta na mira do governo sírio
Damasco, 31 Mar 2018 (AFP) - O regime sírio anunciou neste sábado que conseguiu finalizar a evacuação do penúltimo reduto rebelde na região de Ghuta Oriental, e prometeu que continuará lutando até reconquistar a totalidade dessa região próxima a Damasco.
A retirada, sem incidentes, tirou mais de 44.000 rebeldes e suas famílias de Ghuta Oriental.
Os últimos ônibus transportando rebeldes partiram na última hora da tarde da cidade de Arbin, no sul de Ghuta, deixando para trás uma paisagem apocalíptica de edifícios devastados pela ofensiva do regime de Bashar Al Assad.
Os rebeldes apenas estão presentes em um único setor, próximo à grande cidade de Duma, após anos de intensos bombardeios.
O exército sírio prometeu "continuar combatendo para resgatar do terrorismo" esta última zona rebelde, onde não avançam as negociações com a Rússia para uma evacuação pactuada dos insurgentes. Damasco e seu aliado russo chamam de "terroristas" todos os rebeldes que se levantaram contra o regime.
A tomada de Ghuta, que o regime controla 95% segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), significaria uma vitória importante para o presidente Al Assad na guerra que atinge a Síria desde 2011.
"Trata-se de uma vitória estratégica (...) e de uma guinada (no conflito). A vitória de Guta é uma pá de cal sobre os terroristas", declarou à televisão estatal um oficial do exército sírio deslocado na região, que foi uma das primeiras a se mobilizar nas manifestações contra o regime em 2011.
Junto a ele, vários soldados gritavam "por nossa alma, por nosso sangue, estamos contigo, Bashar".
- "Rejeição categórica" -Graças a uma devastadora ofensiva lançada no dia 18 de fevereiro, que matou mais de 1.600 civis segundo o OSDH, as forças de Al Assad reconquistaram quase a totalidade do antigo feudo rebelde.
Apenas persiste o reduto de Duma, principal cidade do conjunto de zonas rebeldes de Ghuta, onde as negociações entre o exército russo e o grupo rebelde Jaish al Islam parecem estar em ponto morto.
Jaish al Islam aceita desarmar-se, mas pede como contrapartida que seus combatentes possam permanecer em Duma. Moscou, por sua vez, não quer negociar um acordo diferente ao dos outros grupos rebeldes: os moradores podem ficar, mas os combatentes e os demais que quiserem são evacuados para o noroeste da Síria.
Para pressionar os rebeldes, as forças do regime reforçaram sua presença nas proximidades de Duma.
"Ghuta é o coração da rebelião síria, as portas da capital de Asasd. Jaish al Islam sobreviveu a quase cinco anos de agressão e fome, rejeitando de forma obstinada qualquer ideia de rendição. Abandonar Duma seria o fim de sua razão de ser", destaca o analista Nicolas Heras, do Center for New American Security.
Alvo de muitas bombas, dois dos três grupos rebeldes na área aceitaram as retiradas negociadas por Moscou.
bur-lar/thm/bek/iw/es/jz/cc
A retirada, sem incidentes, tirou mais de 44.000 rebeldes e suas famílias de Ghuta Oriental.
Os últimos ônibus transportando rebeldes partiram na última hora da tarde da cidade de Arbin, no sul de Ghuta, deixando para trás uma paisagem apocalíptica de edifícios devastados pela ofensiva do regime de Bashar Al Assad.
Os rebeldes apenas estão presentes em um único setor, próximo à grande cidade de Duma, após anos de intensos bombardeios.
O exército sírio prometeu "continuar combatendo para resgatar do terrorismo" esta última zona rebelde, onde não avançam as negociações com a Rússia para uma evacuação pactuada dos insurgentes. Damasco e seu aliado russo chamam de "terroristas" todos os rebeldes que se levantaram contra o regime.
A tomada de Ghuta, que o regime controla 95% segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), significaria uma vitória importante para o presidente Al Assad na guerra que atinge a Síria desde 2011.
"Trata-se de uma vitória estratégica (...) e de uma guinada (no conflito). A vitória de Guta é uma pá de cal sobre os terroristas", declarou à televisão estatal um oficial do exército sírio deslocado na região, que foi uma das primeiras a se mobilizar nas manifestações contra o regime em 2011.
Junto a ele, vários soldados gritavam "por nossa alma, por nosso sangue, estamos contigo, Bashar".
- "Rejeição categórica" -Graças a uma devastadora ofensiva lançada no dia 18 de fevereiro, que matou mais de 1.600 civis segundo o OSDH, as forças de Al Assad reconquistaram quase a totalidade do antigo feudo rebelde.
Apenas persiste o reduto de Duma, principal cidade do conjunto de zonas rebeldes de Ghuta, onde as negociações entre o exército russo e o grupo rebelde Jaish al Islam parecem estar em ponto morto.
Jaish al Islam aceita desarmar-se, mas pede como contrapartida que seus combatentes possam permanecer em Duma. Moscou, por sua vez, não quer negociar um acordo diferente ao dos outros grupos rebeldes: os moradores podem ficar, mas os combatentes e os demais que quiserem são evacuados para o noroeste da Síria.
Para pressionar os rebeldes, as forças do regime reforçaram sua presença nas proximidades de Duma.
"Ghuta é o coração da rebelião síria, as portas da capital de Asasd. Jaish al Islam sobreviveu a quase cinco anos de agressão e fome, rejeitando de forma obstinada qualquer ideia de rendição. Abandonar Duma seria o fim de sua razão de ser", destaca o analista Nicolas Heras, do Center for New American Security.
Alvo de muitas bombas, dois dos três grupos rebeldes na área aceitaram as retiradas negociadas por Moscou.
bur-lar/thm/bek/iw/es/jz/cc
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.