Topo

Autor de massacre em aeroporto na Flórida se declara culpado

23/05/2018 14h45

Miami, 23 Mai 2018 (AFP) - Há mais de um ano, Esteban Santiago Ruiz desembarcou em um aeroporto na Flórida vindo do Alasca, sacou uma arma de sua bagagem, matou cinco pessoas e feriu gravemente outras seis. Nesta quarta-feira, ele se declarou culpado pelo ataque, segundo a Promotoria.

Ao chegar em um voo da Delta Airlines em 6 de janeiro de 2017, Santiago Ruiz foi ao banheiro para pegar sua arma na mala e depois disparou aleatoriamente na área de bagagens do terminal 2 do aeroporto de Fort Lauderdale, ao norte de Miami.

Menos de dois minutos depois, foi preso por policiais do condado de Broward sem oferecer qualquer resistência.

O atirador de 28 anos se declarou culpado ante um juiz federal de Fort Lauderdale por 11 acusações de atos de violência cometidos em um aeroporto internacional.

"Hoje, o homem responsável por este ataque horrendo, devastador e trágico cometido contra tantas pessoas inocentes (...) foi responsabilizado por seus crimes", declarou em um comunicado o promotor Benjamin Greenberg.

No ataque, Santiago apontou para as cabeças de suas vítimas.

"Por que você fez isso?", perguntou a juíza Beth Bloom ao atacante. "Eu não sei", respondeu Santiago Ruiz, de acordo com o Miami Herald. "Não estava pensando muito na época. Tinha muitas coisas na minha mente (...) mensagens".

Santiago Ruiz, que recebe tratamento para esquizofrenia na prisão, serviu no Iraque entre abril de 2010 e fevereiro de 2011. Encerrou suas funções militares em agosto de 2016.

No dia do ataque, veio de sua cidade de residência, Anchorage, no Alasca, com um bilhete só de ida.

Um pouco mais de um ano depois, em 14 de fevereiro deste ano, o condado de Broward sofreu outro tiroteio que comoveu o país e provocou um debate nacional sobre saúde mental e posse de armas.

Em uma escola em Parkland, perto de Fort Lauderdale, um jovem matou 17 pessoas e feriu outras 17. No ano anterior, outro homem havia massacrado 49 pessoas em uma boate em Orlando, no centro da Flórida.

Aqueles que defendem o direito à posse de armas, dizem que o problema é a saúde mental dos indivíduos e que as armas não matam por conta própria, enquanto aqueles contrários dizem que uma pessoa psicologicamente instável faria menos mal se não tivesse acesso legal e fácil de armas.