EUA condena casal brasileiro pelo sequestro de seu neto
Chicago, 25 Mai 2018 (AFP) - Um tribunal do Texas considerou os brasileiros Carlos e Jemima Guimarães culpados de sequestrar seu neto e levá-lo ao Brasil, na última etapa da longa batalha judicial do pai americano pela guarda do menino, Nico Brann, de 8 anos.
Carlos e Jemima foram absolvidos de outras acusações em um tribunal em Houston, Texas (sul dos Estados Unidos), para onde foram levados após a prisão em Miami.
Os Guimarães foram presos em fevereiro quando chegaram aos Estados Unidos de férias. Eles foram acusados de colaborar com o sequestro de seu neto, há cinco anos.
"Hoje é um dia muito triste para mim", disse o pai, Christopher Brann. "Tudo o que sempre quis é que Nico tenha acesso geral aos seus dois pais amorosos".
"Contudo, os Guimarães não só planejaram seu sequestro para o Brasil, mas durante anos fizeram tudo que foi possível para cortar minha relação com Nico".
Brann acrescentou em nota que se a mãe do menino, a brasileira Marcelle, viajar com a criança para os Estados Unidos, ele fará tudo que for possível para conseguir a indulgência do juiz Alfred Bennett.
Ao mesmo tempo, o veredito caiu em terreno incerto quando o juiz disse que considerará a petição da defesa de anular a a decisão de júri e absolver o casal de todas as acusações, segundo o Houston Chronicle.
Este tipo de anulações raramente é concedido.
Espera-se que o casal sexagenário seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão.
"Espero que Marcelle Guimarães ame seus pais profundamente e se dê conta de que sua única esperança de reduzir a pena de prisão é devolvendo Nico aos Estados Unidos", disse Jared Genser, advogado do pai.
Um ano depois de se separar do marido, Marcelle Guimarães viajou em 2012 ao Brasil, prometendo que voltaria, mas obteve a custódia total do menino na Justiça brasileira. Desde então Chris Brann tenta sem sucesso recuperá-la.
- Caso político -Brann é um médico americano que vive em Houston e levou o caso ao Congresso, onde pediu para Washington impor sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.
Durante o julgamento, os avós de Nico apresentaram provas de que mostrava que sua filha Marcelle estava fugindo de violência doméstica, segundo informou a imprensa local.
"Estamos abatidos", disse à emissora KHOU-TV o advogado dos Guimarães, Rusty Hardin, fora do tribunal.
Segundo Brann, os Guimarães ajudaram sua filha a esconder a intenção de viajar com Nico e inscreveram o menino em uma escola em Salvador antes de a Justiça garantir a guarda do menino.
Um caso similar provocou a aprovação, em 2014, da Lei Sean Goldman, o menino que tinha sido levado ao Brasil pela mãe. A norma autoriza Washington a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas.
Sean Goldman voltou aos Estados Unidos em 2009 através da Convenção de Haia, cinco anos depois de ter sido separado de seu pai.
Carlos e Jemima foram absolvidos de outras acusações em um tribunal em Houston, Texas (sul dos Estados Unidos), para onde foram levados após a prisão em Miami.
Os Guimarães foram presos em fevereiro quando chegaram aos Estados Unidos de férias. Eles foram acusados de colaborar com o sequestro de seu neto, há cinco anos.
"Hoje é um dia muito triste para mim", disse o pai, Christopher Brann. "Tudo o que sempre quis é que Nico tenha acesso geral aos seus dois pais amorosos".
"Contudo, os Guimarães não só planejaram seu sequestro para o Brasil, mas durante anos fizeram tudo que foi possível para cortar minha relação com Nico".
Brann acrescentou em nota que se a mãe do menino, a brasileira Marcelle, viajar com a criança para os Estados Unidos, ele fará tudo que for possível para conseguir a indulgência do juiz Alfred Bennett.
Ao mesmo tempo, o veredito caiu em terreno incerto quando o juiz disse que considerará a petição da defesa de anular a a decisão de júri e absolver o casal de todas as acusações, segundo o Houston Chronicle.
Este tipo de anulações raramente é concedido.
Espera-se que o casal sexagenário seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão.
"Espero que Marcelle Guimarães ame seus pais profundamente e se dê conta de que sua única esperança de reduzir a pena de prisão é devolvendo Nico aos Estados Unidos", disse Jared Genser, advogado do pai.
Um ano depois de se separar do marido, Marcelle Guimarães viajou em 2012 ao Brasil, prometendo que voltaria, mas obteve a custódia total do menino na Justiça brasileira. Desde então Chris Brann tenta sem sucesso recuperá-la.
- Caso político -Brann é um médico americano que vive em Houston e levou o caso ao Congresso, onde pediu para Washington impor sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.
Durante o julgamento, os avós de Nico apresentaram provas de que mostrava que sua filha Marcelle estava fugindo de violência doméstica, segundo informou a imprensa local.
"Estamos abatidos", disse à emissora KHOU-TV o advogado dos Guimarães, Rusty Hardin, fora do tribunal.
Segundo Brann, os Guimarães ajudaram sua filha a esconder a intenção de viajar com Nico e inscreveram o menino em uma escola em Salvador antes de a Justiça garantir a guarda do menino.
Um caso similar provocou a aprovação, em 2014, da Lei Sean Goldman, o menino que tinha sido levado ao Brasil pela mãe. A norma autoriza Washington a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas.
Sean Goldman voltou aos Estados Unidos em 2009 através da Convenção de Haia, cinco anos depois de ter sido separado de seu pai.
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