Preparativos aumentam otimismo sobre realização da cúpula Trump-Kim
Washington, 27 Mai 2018 (AFP) - Funcionários dos Estados Unidos e da Coreia do Norte se reuniram neste domingo (27) na zona desmilitarizada da península coreana para preparar uma cúpula entre seus respectivos líderes, o marco de um otimismo renovado sobre a realização do encontro.
Donald Trump disse ver um "potencial brilhante" na Coreia do Norte.
"Realmente acho que a Coreia do Norte tem um potencial brilhante e que algum dia será uma grande Nação econômica e financeira. Kim Jong Un está de acordo comigo nisso. Vai acontecer!", tuitou o presidente americano neste domingo.
Na quinta-feira, Trump havia anunciado o cancelamento da cúpula prevista para 12 de junho, em Singapura, com o líder norte-coreano, embora na sexta-feira tenha voltado atrás e se mostrado otimista sobre a realização do encontro.
O presidente confirmou, ainda, que uma equipe americana chegou à Coreia do Norte para "fazer ajustes para a cúpula".
- Preparativos -De fato, o Departamento de Estado havia destacado mais cedo que uma delegação americana estava em conversações com funcionários norte-coreanos em Panmunjom, na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias.
O Departamento de Estado não deu detalhes do encontro deste domingo, mas o jornal The Washington Post noticiou que a delegação americana era encabeçada por Sung Kim, ex-embaixador em Seul e ex-negociador sobre assuntos nucleares com Pyongyang. A vice-chanceler norte-coreana, Choe Son Hui, estava à frente da missão de Pyongyang, acrescentou.
As idas e vindas de Trump levaram Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a se reunirem no sábado em Panmonjon - povoado na fronteira entre os dois países, onde foi assinado o armistício que pôs fim à guerra na Coreia, em 1953 - em uma tentativa de salvara a cúpula de Singapura.
Após esse encontro, Moon disse no domingo que Kim está disposto a "completar" a desnuclearização da península coreana e a celebrar uma cúpula histórica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nas fotos publicadas pela Presidência sul-coreana, vê-se Moon e Kim trocando um aperto de mãos e abraçados no lado norte-coreano da Zona Desmilitarizada.
Moon disse que Kim o contatou para organizar a rápida reunião "sem nenhum tipo de formalidade".
E acrescentou que o líder norte-coreano descreveu a cúpula de Singapura como uma oportunidade histórica para pôr fim a décadas de enfrentamentos.
"Kim mostrou sua intenção de dar fim à história de guerra e enfrentamento mediante o sucesso da cúpula Estados Unidos-Coreia do Norte e cooperar para a paz e a prosperidade", disse Moon à imprensa neste domingo.
De acordo com Moon, Kim reiterou seu compromisso de "completar a desnuclearização", mas não estava seguro "se podia confiar que os Estados Unidos dariam fim à sua política hostil e garantiria a segurança de seu regime" caso entregue as armas.
A agência oficial de imprensa norte-coreana KCNA disse que Kim "expressou sua vontade inalterada" de se encontrar com Trump, acrescentando que o Norte e o Sul celebrariam outra rodada de diálogos de "alto nível" em 1º de junho.
- Distensão -No sábado, outro sinal de avanço foi dado pela secretária de imprensa da Casa Branca. Sarah Sanders confirmou a ida de uma equipe americana a Singapura "para se preparar, caso a cúpula aconteça".
A decisão de cancelar a reunião histórica surpreendeu a Coreia do Sul, que tinha alcançado uma aproximação espetacular entre Estados Unidos e Coreia do Norte, em uma tentativa desesperada de evitar um conflito.
No ano passado, Trump e Kim trocavam ameaças de guerra depois de Pyongyang testar sua bomba nuclear mais poderosa até então e lançar mísseis de teste que seriam capazes de alcançar os Estados Unidos.
As tensões diminuíram depois que Moon aceitou a oferta de paz de Kim, que se ofereceu para enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul. Essa importante distensão levou Trump a aceitar ter diálogos diretos com Pyongyang.
Nas últimas semanas, porém, a cúpula tinha sido posta em xeque pela retórica cada vez mais beligerante das principais autoridades dos governos americano e norte-coreano.
Ainda há diferenças importantes entre o que as duas partes esperam alcançar.
Washington exige uma "desnuclearização completa, verificável e irreversível" por parte do Norte. Pyongyang declarou que nunca renunciaria a seu arsenal nuclear até que se sentisse segura diante do que vê como uma agressão americana.
Kim Yong-hyun, professor de estudos norte-coreanos na Universidade Dongguk, disse que Moon e Kim agiram rapidamente para dar fim à crise após o impactante cancelamento de Trump.
"Moon ajudou a transmitir mensagens entre Trump e Kim para agilizar o processo e retomar as negociações", disse à AFP, garantindo que a reunião de Singapura estava "claramente de volta".
Donald Trump disse ver um "potencial brilhante" na Coreia do Norte.
"Realmente acho que a Coreia do Norte tem um potencial brilhante e que algum dia será uma grande Nação econômica e financeira. Kim Jong Un está de acordo comigo nisso. Vai acontecer!", tuitou o presidente americano neste domingo.
Na quinta-feira, Trump havia anunciado o cancelamento da cúpula prevista para 12 de junho, em Singapura, com o líder norte-coreano, embora na sexta-feira tenha voltado atrás e se mostrado otimista sobre a realização do encontro.
O presidente confirmou, ainda, que uma equipe americana chegou à Coreia do Norte para "fazer ajustes para a cúpula".
- Preparativos -De fato, o Departamento de Estado havia destacado mais cedo que uma delegação americana estava em conversações com funcionários norte-coreanos em Panmunjom, na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias.
O Departamento de Estado não deu detalhes do encontro deste domingo, mas o jornal The Washington Post noticiou que a delegação americana era encabeçada por Sung Kim, ex-embaixador em Seul e ex-negociador sobre assuntos nucleares com Pyongyang. A vice-chanceler norte-coreana, Choe Son Hui, estava à frente da missão de Pyongyang, acrescentou.
As idas e vindas de Trump levaram Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a se reunirem no sábado em Panmonjon - povoado na fronteira entre os dois países, onde foi assinado o armistício que pôs fim à guerra na Coreia, em 1953 - em uma tentativa de salvara a cúpula de Singapura.
Após esse encontro, Moon disse no domingo que Kim está disposto a "completar" a desnuclearização da península coreana e a celebrar uma cúpula histórica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nas fotos publicadas pela Presidência sul-coreana, vê-se Moon e Kim trocando um aperto de mãos e abraçados no lado norte-coreano da Zona Desmilitarizada.
Moon disse que Kim o contatou para organizar a rápida reunião "sem nenhum tipo de formalidade".
E acrescentou que o líder norte-coreano descreveu a cúpula de Singapura como uma oportunidade histórica para pôr fim a décadas de enfrentamentos.
"Kim mostrou sua intenção de dar fim à história de guerra e enfrentamento mediante o sucesso da cúpula Estados Unidos-Coreia do Norte e cooperar para a paz e a prosperidade", disse Moon à imprensa neste domingo.
De acordo com Moon, Kim reiterou seu compromisso de "completar a desnuclearização", mas não estava seguro "se podia confiar que os Estados Unidos dariam fim à sua política hostil e garantiria a segurança de seu regime" caso entregue as armas.
A agência oficial de imprensa norte-coreana KCNA disse que Kim "expressou sua vontade inalterada" de se encontrar com Trump, acrescentando que o Norte e o Sul celebrariam outra rodada de diálogos de "alto nível" em 1º de junho.
- Distensão -No sábado, outro sinal de avanço foi dado pela secretária de imprensa da Casa Branca. Sarah Sanders confirmou a ida de uma equipe americana a Singapura "para se preparar, caso a cúpula aconteça".
A decisão de cancelar a reunião histórica surpreendeu a Coreia do Sul, que tinha alcançado uma aproximação espetacular entre Estados Unidos e Coreia do Norte, em uma tentativa desesperada de evitar um conflito.
No ano passado, Trump e Kim trocavam ameaças de guerra depois de Pyongyang testar sua bomba nuclear mais poderosa até então e lançar mísseis de teste que seriam capazes de alcançar os Estados Unidos.
As tensões diminuíram depois que Moon aceitou a oferta de paz de Kim, que se ofereceu para enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul. Essa importante distensão levou Trump a aceitar ter diálogos diretos com Pyongyang.
Nas últimas semanas, porém, a cúpula tinha sido posta em xeque pela retórica cada vez mais beligerante das principais autoridades dos governos americano e norte-coreano.
Ainda há diferenças importantes entre o que as duas partes esperam alcançar.
Washington exige uma "desnuclearização completa, verificável e irreversível" por parte do Norte. Pyongyang declarou que nunca renunciaria a seu arsenal nuclear até que se sentisse segura diante do que vê como uma agressão americana.
Kim Yong-hyun, professor de estudos norte-coreanos na Universidade Dongguk, disse que Moon e Kim agiram rapidamente para dar fim à crise após o impactante cancelamento de Trump.
"Moon ajudou a transmitir mensagens entre Trump e Kim para agilizar o processo e retomar as negociações", disse à AFP, garantindo que a reunião de Singapura estava "claramente de volta".
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