Renuncia secretário do meio ambiente dos EUA, atingido por escândalos
Washington, 5 Jul 2018 (AFP) - O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (5) a saída de seu chefe de meio ambiente, Scott Pruitt, que enfrentava escândalos crescentes sobre seus gastos e conduta no cargo.
"Eu aceitei a renúncia de Scott Pruitt como administrador da Agência de Proteção Ambiental" (EPA), tuitou o presidente, pondo fim a meses de especulação sobre o futuro do homem que ele encarregou de desmantelar o legado ambiental de Barack Obama.
"Dentro da Agência, Scott fez um excelente trabalho e sempre serei grato a ele por isso", acrescentou Trump, que não informou o motivo da saída de Pruitt.
Trump anunciou que o vice de Pruitt, o ex-lobista do carvão Andrew Wheeler, assumirá na segunda-feira como chefe interino da agência.
"Não tenho dúvidas de que Andy dará continuidade a nossa grande e duradoura agenda da EPA", tuitou Trump. "Fizemos um tremendo progresso e o futuro da EPA é muito brilhante!"
Pruitt, ex-procurador-geral de Oklahoma acusado de ter laços estreitos com as indústrias dos combustíveis fósseis, tornou-se o foco de múltiplas investigações nos últimos meses, inclusive pelo inspetor geral de sua própria agência, por duas outras agências federais independentes e pelo Congresso.
A lista de acusações contra o chefe da EPA, de 50 anos, havia ficado quase longa demais para enumerar.
Todas as acusações compartilham um traço comum: ele parece ter usado a posição que ocupava desde fevereiro de 2017 para enriquecer o estilo de vida de sua família, violando a lei federal, e para punir os subordinados que contestaram seu comportamento ou que não demonstraram lealdade a ele.
Tudo começou com seus gastos de viagem excessivos, em primeira classe ou em aviões fretados às custas do contribuinte, contrariando as práticas comuns do governo.
Depois foi descoberto o alto número de guarda-costas que trabalhavam para ele 24 horas por dia, inclusive no exterior, por um custo que era o dobro do gasto de seus predecessores.
Pruitt também tinha uma cabine de telefone segura em seu escritório de Washington que custou 43.000 dólares, uma quantidade que foi qualificada de excessiva por críticos.
Mas em seus gastos pessoais foi mais conservador, ao conseguir através de amigos lobistas um amplo apartamento em Washington por 50 dólares a noite, apenas para as noites em que se hospedava na capital, um preço inigualável.
Além disso, utilizou alguns funcionários para realizar tarefas privadas, como procurar um apartamento para ele alugar, conseguir-lhe ingressos para algum jogo ou ajudar sua esposa a procurar emprego.
- Tenente zeloso -Apesar da lista de reclamações éticas, Pruitt foi convidado e compareceu à Casa Branca na quarta-feira para a celebração de Trump do Dia da Independência, onde ele e outros membros do gabinete receberam uma aclamação do presidente.
Pruitt não fez menção às várias queixas de ética em sua carta de demissão. Em vez disso, elogiou Trump por ter "me abençoado pessoalmente e me capacitado a avançar sua agenda além do que qualquer um antecipou".
Mas em vez de assumir responsabilidades, ele apontou o dedo para a pressão dos críticos, incluindo os democratas do Congresso.
"Os ataques implacáveis contra mim, pessoalmente, e contra minha família, são sem precedentes e causaram danos consideráveis a todos nós", escreveu a Trump em sua carta, publicada pela Fox News.
O círculo íntimo de Trump é sacudido desde suas primeiras semanas no cargo, quando ele demitiu o assessor de segurança nacional Michael Flynn.
Os membros do gabinete que renunciaram ou foram demitidos incluem o secretário de saúde Tom Price, o secretário de Estado Rex Tillerson, o assessor de segurança nacional HR McMaster e o chefe de assuntos veteranos David Shulkin.
Até agora, Trump tinha ficado ao lado Pruitt - um tenente zeloso que defendeu fortemente a sua decisão de abandonar o Acordo de Paris sobre o clima -, elogiando seu trabalho para reverter as regulamentações ambientais da era Obama, que segundo o presidente prejudicam o crescimento econômico.
Mas os ventos mudaram recentemente. No mês passado, Trump afirmou que Pruitt estava fazendo um "trabalho fantástico", mas completou: "Para ser honesto, não estou feliz com algumas coisas".
Os congressistas democratas pediram a saída de Pruitt por meses, e nesta quinta-feira reagiram rapidamente a sua partida.
"Boa viagem", tuitou a democrata Earl Blumenauer.
"Dado o fracasso completo de Pruitt de proteger nosso ar e água limpos, e com 13 investigações federais abertas sobre seu trabalho, a única questão é por que isso demorou tanto" a acontecer.
A saída de Pruitt chega poucos dias depois de uma mulher tê-lo confrontado em um restaurante de Washington e pedido que renunciasse.
"Eu aceitei a renúncia de Scott Pruitt como administrador da Agência de Proteção Ambiental" (EPA), tuitou o presidente, pondo fim a meses de especulação sobre o futuro do homem que ele encarregou de desmantelar o legado ambiental de Barack Obama.
"Dentro da Agência, Scott fez um excelente trabalho e sempre serei grato a ele por isso", acrescentou Trump, que não informou o motivo da saída de Pruitt.
Trump anunciou que o vice de Pruitt, o ex-lobista do carvão Andrew Wheeler, assumirá na segunda-feira como chefe interino da agência.
"Não tenho dúvidas de que Andy dará continuidade a nossa grande e duradoura agenda da EPA", tuitou Trump. "Fizemos um tremendo progresso e o futuro da EPA é muito brilhante!"
Pruitt, ex-procurador-geral de Oklahoma acusado de ter laços estreitos com as indústrias dos combustíveis fósseis, tornou-se o foco de múltiplas investigações nos últimos meses, inclusive pelo inspetor geral de sua própria agência, por duas outras agências federais independentes e pelo Congresso.
A lista de acusações contra o chefe da EPA, de 50 anos, havia ficado quase longa demais para enumerar.
Todas as acusações compartilham um traço comum: ele parece ter usado a posição que ocupava desde fevereiro de 2017 para enriquecer o estilo de vida de sua família, violando a lei federal, e para punir os subordinados que contestaram seu comportamento ou que não demonstraram lealdade a ele.
Tudo começou com seus gastos de viagem excessivos, em primeira classe ou em aviões fretados às custas do contribuinte, contrariando as práticas comuns do governo.
Depois foi descoberto o alto número de guarda-costas que trabalhavam para ele 24 horas por dia, inclusive no exterior, por um custo que era o dobro do gasto de seus predecessores.
Pruitt também tinha uma cabine de telefone segura em seu escritório de Washington que custou 43.000 dólares, uma quantidade que foi qualificada de excessiva por críticos.
Mas em seus gastos pessoais foi mais conservador, ao conseguir através de amigos lobistas um amplo apartamento em Washington por 50 dólares a noite, apenas para as noites em que se hospedava na capital, um preço inigualável.
Além disso, utilizou alguns funcionários para realizar tarefas privadas, como procurar um apartamento para ele alugar, conseguir-lhe ingressos para algum jogo ou ajudar sua esposa a procurar emprego.
- Tenente zeloso -Apesar da lista de reclamações éticas, Pruitt foi convidado e compareceu à Casa Branca na quarta-feira para a celebração de Trump do Dia da Independência, onde ele e outros membros do gabinete receberam uma aclamação do presidente.
Pruitt não fez menção às várias queixas de ética em sua carta de demissão. Em vez disso, elogiou Trump por ter "me abençoado pessoalmente e me capacitado a avançar sua agenda além do que qualquer um antecipou".
Mas em vez de assumir responsabilidades, ele apontou o dedo para a pressão dos críticos, incluindo os democratas do Congresso.
"Os ataques implacáveis contra mim, pessoalmente, e contra minha família, são sem precedentes e causaram danos consideráveis a todos nós", escreveu a Trump em sua carta, publicada pela Fox News.
O círculo íntimo de Trump é sacudido desde suas primeiras semanas no cargo, quando ele demitiu o assessor de segurança nacional Michael Flynn.
Os membros do gabinete que renunciaram ou foram demitidos incluem o secretário de saúde Tom Price, o secretário de Estado Rex Tillerson, o assessor de segurança nacional HR McMaster e o chefe de assuntos veteranos David Shulkin.
Até agora, Trump tinha ficado ao lado Pruitt - um tenente zeloso que defendeu fortemente a sua decisão de abandonar o Acordo de Paris sobre o clima -, elogiando seu trabalho para reverter as regulamentações ambientais da era Obama, que segundo o presidente prejudicam o crescimento econômico.
Mas os ventos mudaram recentemente. No mês passado, Trump afirmou que Pruitt estava fazendo um "trabalho fantástico", mas completou: "Para ser honesto, não estou feliz com algumas coisas".
Os congressistas democratas pediram a saída de Pruitt por meses, e nesta quinta-feira reagiram rapidamente a sua partida.
"Boa viagem", tuitou a democrata Earl Blumenauer.
"Dado o fracasso completo de Pruitt de proteger nosso ar e água limpos, e com 13 investigações federais abertas sobre seu trabalho, a única questão é por que isso demorou tanto" a acontecer.
A saída de Pruitt chega poucos dias depois de uma mulher tê-lo confrontado em um restaurante de Washington e pedido que renunciasse.
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