Rebeldes do sul da Síria iniciam nova rodada de negociações com Moscou
Deraa, Syrie, 6 Jul 2018 (AFP) - Os rebeldes do sul da Síria começarão nesta sexta-feira uma nova rodada de negociações com representantes militares russos, após um intenso bombardeio de 24 horas.
Os ataques contra as zonas rebeldes da província meridional de Deraa, alvo de uma devastadora ofensiva militar desde 19 de junho, foram retomados na quarta-feira, após o fracasso das negociações. Os representantes russos buscavam, em nome do regime sírio, convencer os rebeldes a aceitar o desarmamento.
A Rússia vetou na quinta-feira em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU a aprovação de uma declaração sobre esta região estratégica, próxima da fronteira com a Jordânia e da parte síria das Colinas de Golã, anexada por Israel.
"A delegação rebelde se dirige para a reunião", afirmou à AFP Hussein Abazeed, porta-voz dos rebeldes de Deraa, que acusam Moscou de praticar uma "política de terra arrasada".
O comando rebelde expressou na quinta-feira o desejo de iniciar uma "nova rodada de negociações", em troca de um cessar-fogo das forças do regime sírio de Bashar al-Assad.
"Pedimos garantias verdadeiras e a presença da ONU durante o novo ciclo de negociações", afirmou Abazeed.
O anúncio das negociações foi acompanhado por uma interrupção dos bombardeios aéreos contra as zonas rebeldes.
Depois de assegurar o controle de Damasco e seus arredores nos últimos meses, pela primeira vez desde 2012 as forças de Assad têm como alvos as províncias meridionais de Deraa e Qouneitra.
Iniciada há mais de duas semanas, a ofensiva no sul mescla bombardeios intensos com negociações para chegar a acordos de "reconciliação", que na realidade são rendições.
O regime assumiu o controle de 30 localidades da província de Deraa graças aos acordos e às vitórias militares. Damasco controla agora dois terços desta região, contra apenas 30% antes da ofensiva.
Pela primeira vez desde 2015, as forças de Assad controlam a fronteira com a Jordânia na província de Deraa, uma área de 275 quilômetros quadrados.
Porém, o posto de fronteira de Nassib, o principal na região de Deraa, segue sob controle dos rebeldes - apenas quatro quilômetros o separam das forças governamentais.
O posto de Nassib tem valor estratégico para o regime, um local de grande atividade comercial com a Jordânia.
A província de Deraa, considerada o berço da revolta síria, registrou um cessar-fogo no ano passado, graças a um acordo entre Estados Unidos, Rússia e Jordânia.
A atual ofensiva provocou a morte de 150 civis em menos de três semanas e o deslocamento de centenas de milhares de civis.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou em um comunicado que "750.000 vidas estão em perigo" em uma região na qual o número de deslocados chegou a 325.000.
str-mjg/bek/gk/eb/zm/pb/fp
Os ataques contra as zonas rebeldes da província meridional de Deraa, alvo de uma devastadora ofensiva militar desde 19 de junho, foram retomados na quarta-feira, após o fracasso das negociações. Os representantes russos buscavam, em nome do regime sírio, convencer os rebeldes a aceitar o desarmamento.
A Rússia vetou na quinta-feira em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU a aprovação de uma declaração sobre esta região estratégica, próxima da fronteira com a Jordânia e da parte síria das Colinas de Golã, anexada por Israel.
"A delegação rebelde se dirige para a reunião", afirmou à AFP Hussein Abazeed, porta-voz dos rebeldes de Deraa, que acusam Moscou de praticar uma "política de terra arrasada".
O comando rebelde expressou na quinta-feira o desejo de iniciar uma "nova rodada de negociações", em troca de um cessar-fogo das forças do regime sírio de Bashar al-Assad.
"Pedimos garantias verdadeiras e a presença da ONU durante o novo ciclo de negociações", afirmou Abazeed.
O anúncio das negociações foi acompanhado por uma interrupção dos bombardeios aéreos contra as zonas rebeldes.
Depois de assegurar o controle de Damasco e seus arredores nos últimos meses, pela primeira vez desde 2012 as forças de Assad têm como alvos as províncias meridionais de Deraa e Qouneitra.
Iniciada há mais de duas semanas, a ofensiva no sul mescla bombardeios intensos com negociações para chegar a acordos de "reconciliação", que na realidade são rendições.
O regime assumiu o controle de 30 localidades da província de Deraa graças aos acordos e às vitórias militares. Damasco controla agora dois terços desta região, contra apenas 30% antes da ofensiva.
Pela primeira vez desde 2015, as forças de Assad controlam a fronteira com a Jordânia na província de Deraa, uma área de 275 quilômetros quadrados.
Porém, o posto de fronteira de Nassib, o principal na região de Deraa, segue sob controle dos rebeldes - apenas quatro quilômetros o separam das forças governamentais.
O posto de Nassib tem valor estratégico para o regime, um local de grande atividade comercial com a Jordânia.
A província de Deraa, considerada o berço da revolta síria, registrou um cessar-fogo no ano passado, graças a um acordo entre Estados Unidos, Rússia e Jordânia.
A atual ofensiva provocou a morte de 150 civis em menos de três semanas e o deslocamento de centenas de milhares de civis.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou em um comunicado que "750.000 vidas estão em perigo" em uma região na qual o número de deslocados chegou a 325.000.
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