Etiópia e Eritreia normalizam relações e acabam com décadas de hostilidade
Adis Abeba, 8 Jul 2018 (AFP) - O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, anunciou neste domingo (8) a normalização das relações de seu país com a Eritreia, após um encontro histórico com o presidente eritreu em Asmara a fim de acabar com anos de hostilidade.
"Entramos em acordo para retomar o tráfego aéreo e marítimo, para a circulação de pessoas entre nossos dois países e a reabertura das embaixadas", declarou Abiy Ahmed ao fim dos diálogos com o presidente Issaias Afwerki.
A televisão oficial eritreia mostrou imagens dos dois dirigentes se abraçando no aeroporto, uma imagem inimaginável há alguns meses. Os dois líderes não se reuniam há quase 20 anos.
A reunião deste domingo foi organizada depois do anúncio, há um mês, de Abiy, que expressou a vontade da Etiópia de ceder para a Eritreia um território fronteiriço disputado que continua ocupando apesar de uma sentença contrária de uma comissão independente internacional de 2002 apoiada pela ONU.
O rechaço da Etiópia de ceder o território bloqueava as relações bilaterais apesar de os países terem acabado com as hostilidades após a guerra que os opôs entre 1998 e 2000, e que deixou 80 mil mortos.
Em abril deste ano, Abiy, de 42 anos, chegou ao poder em Adis Abeba, o que abriu caminho para a normalização das relações.
Abiy lançou reformas sem precedentes no segundo país mais povoado da África. Entre as mudanças está o anúncio, no início de junho, de sua intenção de aplicar o acordo de Argel de 2000 assinado com a Eritreia e as conclusões da comissão internacional sobre os limites fronteiriços.
A iniciativa foi bem recebida pelo presidente eritreu.
A região em disputa inclui a cidade de Badme, cuja soberania foi outorgada à Eritreia em 2002. As tropas etíopes deveriam se retirar da área. Os últimos combates nessa zona foram registrados há dois anos.
"Entramos em acordo para retomar o tráfego aéreo e marítimo, para a circulação de pessoas entre nossos dois países e a reabertura das embaixadas", declarou Abiy Ahmed ao fim dos diálogos com o presidente Issaias Afwerki.
A televisão oficial eritreia mostrou imagens dos dois dirigentes se abraçando no aeroporto, uma imagem inimaginável há alguns meses. Os dois líderes não se reuniam há quase 20 anos.
A reunião deste domingo foi organizada depois do anúncio, há um mês, de Abiy, que expressou a vontade da Etiópia de ceder para a Eritreia um território fronteiriço disputado que continua ocupando apesar de uma sentença contrária de uma comissão independente internacional de 2002 apoiada pela ONU.
O rechaço da Etiópia de ceder o território bloqueava as relações bilaterais apesar de os países terem acabado com as hostilidades após a guerra que os opôs entre 1998 e 2000, e que deixou 80 mil mortos.
Em abril deste ano, Abiy, de 42 anos, chegou ao poder em Adis Abeba, o que abriu caminho para a normalização das relações.
Abiy lançou reformas sem precedentes no segundo país mais povoado da África. Entre as mudanças está o anúncio, no início de junho, de sua intenção de aplicar o acordo de Argel de 2000 assinado com a Eritreia e as conclusões da comissão internacional sobre os limites fronteiriços.
A iniciativa foi bem recebida pelo presidente eritreu.
A região em disputa inclui a cidade de Badme, cuja soberania foi outorgada à Eritreia em 2002. As tropas etíopes deveriam se retirar da área. Os últimos combates nessa zona foram registrados há dois anos.
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