Multidão protesta contra FMI e política econômica de Macri na Argentina
Buenos Aires, 9 Jul 2018 (AFP) - Uma multidão se manifestou em Buenos Aires contra o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a política econômica de Mauricio Macri, que admitiu que a Argentina está "atravessando uma tempestade", mas ratificou o rumo de seu governo na comemoração da independência do país nesta segunda-feira.
"Estamos aqui para mediar diretamente e dizer 'não' ao FMI, não entregar nossos recursos e poder seguir à frente com um projeto nacional e popular", disse à AFP Norberto Marasco, um dos manifestantes no centro da capital argentina.
Marasco foi uma das dezenas de milhares de pessoas que foram convocadas sob o slogan "A pátria não se rende" e para exigir "uma mudança de rumo" para o governo Macri.
Sob o título "A independência não se negocia", um documento lido no ato denunciou a política econômica e o acordo com o FMI, que em junho concedeu à Argentina um crédito de 50 bilhões de dólares.
A Argentina assumiu o compromisso de um ajuste nas contas do Estado e reduziu sua meta de déficit fiscal para 2,7% em 2018.
"Vamos romper as correntes impostas pelo acordo de Mauricio Macri com o FMI que apenas nos garante uma miséria planejada", afirma o texto, denunciando que "a dívida externa contraída por Macri é ilegal, ilegítima e inconstitucional".
Em um dia frio de inverno, as Avós e Mães da Praça de Maio, entre outras organizações de direitos humanos, grupos políticos de oposição e sindicatos combativos aderiram ao chamado, que incluía músicos e atores populares.
"Vamos continuar resistindo para que em 2019 Macri acabe humilhado nas urnas", disse o líder do sindicato dos caminhoneiros, Pablo Moyano, referindo-se às eleições presidenciais marcadas para o ano que vem.
"Não vemos que haja vontade política para mudar esse modelo", acrescentou, assegurando que existe uma "crescente agitação social devido às políticas errôneas do governo".
A avaliação negativa de Macri cresceu para 59,1% e a positiva ficou em 35,7%, segundo levantamento do Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP) publicado no domingo, que mostra que 79,8% dos argentinos consultados têm "pouca ou nenhuma" confiança em sua equipe econômica, em um país com uma inflação que não dá trégua e uma forte depreciação de sua moeda.
Embora tenha admitido as dificuldades, Macri ratificou o rumo de seu governo.
"Estamos atravessando uma tempestade, fruto de muitas circunstâncias, entre elas, temas de nossa própria gestão, dos mercados externos e das políticas tomadas pelos governos anteriores", disse o mandatário nesta segunda-feira.
"É importante entender que os fatores podem variar, como varia o clima na navegação, mas o rumo do barco está claro e continua sendo o mesmo", disse em ato em San Miguel de Tucumán (1.200 km ao norte), a cidade onde em 1816 se declarou a independência da Argentina.
"Estamos aqui para mediar diretamente e dizer 'não' ao FMI, não entregar nossos recursos e poder seguir à frente com um projeto nacional e popular", disse à AFP Norberto Marasco, um dos manifestantes no centro da capital argentina.
Marasco foi uma das dezenas de milhares de pessoas que foram convocadas sob o slogan "A pátria não se rende" e para exigir "uma mudança de rumo" para o governo Macri.
Sob o título "A independência não se negocia", um documento lido no ato denunciou a política econômica e o acordo com o FMI, que em junho concedeu à Argentina um crédito de 50 bilhões de dólares.
A Argentina assumiu o compromisso de um ajuste nas contas do Estado e reduziu sua meta de déficit fiscal para 2,7% em 2018.
"Vamos romper as correntes impostas pelo acordo de Mauricio Macri com o FMI que apenas nos garante uma miséria planejada", afirma o texto, denunciando que "a dívida externa contraída por Macri é ilegal, ilegítima e inconstitucional".
Em um dia frio de inverno, as Avós e Mães da Praça de Maio, entre outras organizações de direitos humanos, grupos políticos de oposição e sindicatos combativos aderiram ao chamado, que incluía músicos e atores populares.
"Vamos continuar resistindo para que em 2019 Macri acabe humilhado nas urnas", disse o líder do sindicato dos caminhoneiros, Pablo Moyano, referindo-se às eleições presidenciais marcadas para o ano que vem.
"Não vemos que haja vontade política para mudar esse modelo", acrescentou, assegurando que existe uma "crescente agitação social devido às políticas errôneas do governo".
A avaliação negativa de Macri cresceu para 59,1% e a positiva ficou em 35,7%, segundo levantamento do Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP) publicado no domingo, que mostra que 79,8% dos argentinos consultados têm "pouca ou nenhuma" confiança em sua equipe econômica, em um país com uma inflação que não dá trégua e uma forte depreciação de sua moeda.
Embora tenha admitido as dificuldades, Macri ratificou o rumo de seu governo.
"Estamos atravessando uma tempestade, fruto de muitas circunstâncias, entre elas, temas de nossa própria gestão, dos mercados externos e das políticas tomadas pelos governos anteriores", disse o mandatário nesta segunda-feira.
"É importante entender que os fatores podem variar, como varia o clima na navegação, mas o rumo do barco está claro e continua sendo o mesmo", disse em ato em San Miguel de Tucumán (1.200 km ao norte), a cidade onde em 1816 se declarou a independência da Argentina.
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