Forte terremoto abala Venezuela
Caracas, 22 Ago 2018 (AFP) - Um forte terremoto sacudiu na tarde desta terça-feira (21) a Venezuela, provocando pânico na população, mas até o momento não há relatos de vítimas ou danos mais significativos.
De acordo com a Fundação Venezuelana de Pesquisas Sismológicas (FUNVISIS), o tremor foi registrado às 17H31 locais (18H31 de Brasília), quando milhares de pessoas saíam do trabalho.
Segundo o instituto de sismologia local, o tremor atingiu magnitude 6,9, enquanto o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) atribuiu ao terremoto magnitude 7,3.
O epicentro foi situado 19 km a sudeste de Yaguaraparo, estado de Sucre, 400 km a leste de Caracas.
A FUNVISIS informou que a profundidade foi de 0,1 km. Já o USGS comunicou uma profundidade de 123,2 km.
"Foi sentido em vários estados do país (...). A esta hora não há notícias de vítimas. Estamos fazendo uma avaliação de danos", declarou o ministro do Interior, general Néstor Reverol.
Em Caracas, o movimento durou vários segundos e muitos prédios - comerciais e residenciais - foram evacuados diante do temor de um incidente maior.
Muita gente desceu para as ruas e permaneceu em locais abertos.
"Os quadros balançavam e os vidros tremiam. Desci pelas escadas e todos os apartamentos do meu prédio, de dez andares, estavam com as portas abertas. Nos reunimos lá fora. Vi uma senhora pálida de susto chorando e com o celular na mão", declarou à AFP José Oviedo, morador de Los Palos Grandes, no leste de Caracas.
Quase todos tentaram telefonar ao mesmo tempo com os celulares, o que derrubou as comunicações durante alguns minutos. As pessoas se afastaram dos prédios e muitas choravam nas ruas.
A AFP gravou imagens de uma emblemática torre abandonada do centro de Caracas com uma leve inclinação no topo.
Fotos divulgadas nas redes sociais mostraram rachaduras nas paredes de prédios em Caracas e Puerto Ordaz (sul).
- Apelo à calma -Na região do epicentro, o governador chavista Edwin Rojas informou que a "situação é de tranquilidade". "Há anos que não sentíamos um abalo sísmico deste nível. Graças a Deus e a Cristo não temos qualquer vítima".
"Não devemos entrar em pânico com mensagens de voz ou nas redes sociais sobre um tsunami. Estão tentando pescar em rio revolto e alarmar a população. Nos hospitais não há novidades", declarou Rojas.
As redes sociais foram inundadas por mensagens de alarme, especialmente de habitantes da região de Caracas, pouco habituada a este tipo de fenômeno. Na zona da capital vivem cerca de quatro milhões de pessoas.
"Fazemos um apelo à calma. Temos ativadas as equipes de avaliação de riscos", declarou o ministro Reverol em mensagem na TV estatal.
Eduardo Zambrano, 30 anos, que mora do 11º andar de um prédio em Caracas, desceu pelas escadas correndo com seu cachorro. "Tremeu feio o prédio todo. Muitos saíram de pijama", disse à AFP.
"Estava no banco quando ocorreu. Os funcionários perceberam que tudo tremia e as coisas começaram a se mover. Disseram para todos sair. Alguns não queriam para não perder o lugar na fila para tirar dinheiro", contou à AFP Dorothy Villalobos.
José Naveda, de 35 anos, morador de Tucupita, no estado Delta Amacuro, contou que sentiu um abalo "muito forte". "As pessoas saíram correndo para a rua, muitos ficaram do lado de fora. Em algumas partes acabou a luz", disse à AFP por telefone.
Os dois últimos terremotos fortes na Venezuela foram registrados em 29 de julho de 1967, de magnitude 6,7 em Caracas, com mais de 200 mortos, e 9 de julho de 1997, de 7 graus, em Cariaco (Sucre), com 73 mortos.
De acordo com a Fundação Venezuelana de Pesquisas Sismológicas (FUNVISIS), o tremor foi registrado às 17H31 locais (18H31 de Brasília), quando milhares de pessoas saíam do trabalho.
Segundo o instituto de sismologia local, o tremor atingiu magnitude 6,9, enquanto o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) atribuiu ao terremoto magnitude 7,3.
O epicentro foi situado 19 km a sudeste de Yaguaraparo, estado de Sucre, 400 km a leste de Caracas.
A FUNVISIS informou que a profundidade foi de 0,1 km. Já o USGS comunicou uma profundidade de 123,2 km.
"Foi sentido em vários estados do país (...). A esta hora não há notícias de vítimas. Estamos fazendo uma avaliação de danos", declarou o ministro do Interior, general Néstor Reverol.
Em Caracas, o movimento durou vários segundos e muitos prédios - comerciais e residenciais - foram evacuados diante do temor de um incidente maior.
Muita gente desceu para as ruas e permaneceu em locais abertos.
"Os quadros balançavam e os vidros tremiam. Desci pelas escadas e todos os apartamentos do meu prédio, de dez andares, estavam com as portas abertas. Nos reunimos lá fora. Vi uma senhora pálida de susto chorando e com o celular na mão", declarou à AFP José Oviedo, morador de Los Palos Grandes, no leste de Caracas.
Quase todos tentaram telefonar ao mesmo tempo com os celulares, o que derrubou as comunicações durante alguns minutos. As pessoas se afastaram dos prédios e muitas choravam nas ruas.
A AFP gravou imagens de uma emblemática torre abandonada do centro de Caracas com uma leve inclinação no topo.
Fotos divulgadas nas redes sociais mostraram rachaduras nas paredes de prédios em Caracas e Puerto Ordaz (sul).
- Apelo à calma -Na região do epicentro, o governador chavista Edwin Rojas informou que a "situação é de tranquilidade". "Há anos que não sentíamos um abalo sísmico deste nível. Graças a Deus e a Cristo não temos qualquer vítima".
"Não devemos entrar em pânico com mensagens de voz ou nas redes sociais sobre um tsunami. Estão tentando pescar em rio revolto e alarmar a população. Nos hospitais não há novidades", declarou Rojas.
As redes sociais foram inundadas por mensagens de alarme, especialmente de habitantes da região de Caracas, pouco habituada a este tipo de fenômeno. Na zona da capital vivem cerca de quatro milhões de pessoas.
"Fazemos um apelo à calma. Temos ativadas as equipes de avaliação de riscos", declarou o ministro Reverol em mensagem na TV estatal.
Eduardo Zambrano, 30 anos, que mora do 11º andar de um prédio em Caracas, desceu pelas escadas correndo com seu cachorro. "Tremeu feio o prédio todo. Muitos saíram de pijama", disse à AFP.
"Estava no banco quando ocorreu. Os funcionários perceberam que tudo tremia e as coisas começaram a se mover. Disseram para todos sair. Alguns não queriam para não perder o lugar na fila para tirar dinheiro", contou à AFP Dorothy Villalobos.
José Naveda, de 35 anos, morador de Tucupita, no estado Delta Amacuro, contou que sentiu um abalo "muito forte". "As pessoas saíram correndo para a rua, muitos ficaram do lado de fora. Em algumas partes acabou a luz", disse à AFP por telefone.
Os dois últimos terremotos fortes na Venezuela foram registrados em 29 de julho de 1967, de magnitude 6,7 em Caracas, com mais de 200 mortos, e 9 de julho de 1997, de 7 graus, em Cariaco (Sucre), com 73 mortos.
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