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EUA defende coalizão saudita acusada de 'crimes de guerra' no Iêmen

28/08/2018 19h47

Washington, 28 Ago 2018 (AFP) - O secretário americano de Defesa, Jim Mattis, defendeu nesta terça-feira a coalizão liderada pela Arábia Saudita que intervém militarmente no Iêmen e que a ONU acusa de cometer "crimes de guerra", mas destacou que o apoio de Washington não é "incondicional".

Os comentários do chefe do Pentágono ocorrem no mesmo dia em que uma missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU acusou a coalizão de cometer "crimes de guerra" com os bombardeios aéreos que mataram dezenas de crianças desde o início de agosto no Iêmen.

Os Estados Unidos fornecem à coalizão combustível e treinamento militar.

"Durante vários anos cooperamos com os sauditas e com os Emiratos (Árabes Unidos) fazendo tudo para reduzir o risco de mortes e ferimentos entre pessoas inocentes", declarou Mattis em entrevista coletiva.

Mas o secretário da Defesa destacou que o apoio dos Estados Unidos tem seus limites. "Não é incondicional", e a coalizão deve fazer "tudo humanamente possível para evitar qualquer perda de vida de inocentes, e apoiar o processo de paz mediado pela ONU".

Os militares americanos compartilham com os pilotos aliados suas técnicas para atacar o inimigo e evitar ao máximo a perda de civis, mas a coalizão tem sido acusada de múltiplos erros, inclusive pelo ataque que matou 26 crianças em 23 de agosto, no oeste do Iêmen.