Funcionários do McDonald's fazem greve por assédio sexual nos EUA
Funcionários do McDonald's realizaram nesta terça-feira (18), em 10 cidades dos Estados Unidos, uma greve de um dia, inspirada no movimento #MeToo, para denunciar que o gigante do fast-food não trata de maneira adequada o assédio sexual em seus estabelecimentos.
Os organizadores disseram que a greve foi a primeira do tipo e que tem a intenção de terminar com a incapacidade do McDonald's de acabar com as passadas de mão, os comentários lascivos e as propostas sexuais em seus restaurantes.
Inspirados no movimento #MeToo contra a violência sexual, os funcionários disseram que as suas experiências refletem uma má cultura dos restaurantes, onde o assédio sexual foi normalizado.
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Em um pequeno protesto em frente à sede da empresa, em Chicago, trabalhadores e simpatizantes seguraram cartazes, cantaram e detalharam exemplos de suas próprias experiências.
"Estou em greve e parada hoje aqui pela mudança", disse Theresa Cervantes, uma funcionária de 20 anos do McDonald's que denunciou seus gerentes de assediarem regularmente seus funcionários.
Cenas similares foram vistas em outras nove cidades, incluindo Kansas City, Saint Louis e Durham, onde os funcionários marcharam em protesto diante de alguns estabelecimentos.
A greve acontece quatro meses depois de as mulheres que trabalham para o McDonald's em nove cidades do país apresentarem uma denúncia por assédio sexual contra a empresa à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego.
Os funcionários querem que o gigante do fast-food forme um comitê - integrado por trabalhadores e representantes de organizações nacionais de mulheres - para abordar o tema do assédio sexual.
O McDonald's não respondeu aos pedidos de posicionamento.
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