Líderes das duas Coreias demonstram unidade
Seul, 20 Set 2018 (AFP) - Kim Jong-un e Moon Jae-in visitaram nesta quinta-feira (20) o Monte Paektu, símbolo da nação coreana, uma demonstração de unidade após o novo impulso que a reunião de cúpula deu às negociações entre Pyongyang e Washington.
O dirigente norte-coreano aceitou na quarta-feira fechar o local de testes de mísseis de Tongchang-ri, na presença de especialistas internacionais. O governo dos Estados Unidos aplaudiu o anúncio e disse que está disposto a dialogar imediatamente para desnuclearizar a Coreia do Norte em um prazo de três anos.
Pyongyang também mencionou a possibilidade de fechamento do complexo nuclear de Yongbyon, se Washington adotar "as medidas correspondentes".
O presidente americano, Donald Trump, elogiou os "progressos extraordinários". Seu secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou que conversou com o chanceler norte-coreano, Ri Yong-ho, e o convidou para uma reunião à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York, na próxima semana.
Ao mencionar "compromissos importantes" por parte do regime norte-coreano, Pompeo afirmou que Washington está disposto a retomar "imediatamente as negociações" para obter a desnuclearização da Coreia do Norte até janeiro de 2021, quando termina o mandato de Donald Trump.
Mas Kim espera uma segunda reunião de cúpula em breve com o presidente americano, indicou Moon, ao retornar para Seul. O presidente sul-coreano afirmou que entregará na próxima semana uma carta do dirigente norte-coreano a Trump.
As discussões estavam paradas desde o histórico encontro de cúpula de 12 de junho entre Kim e Trump, em Singapura, quando o norte-coreano reiterou o compromisso de seu país a favor da desnuclearização da península.
Desde então, Washington e Pyongyang trocaram acusações sobre o real sentido destas palavras.
O governo dos Estados Unidos reiterou diversas vezes a necessidade de desnuclearizar a Coreia do Norte. Pyongyang denunciou o que chamou de métodos de "gângster" de Washington, que acusou de desejar obter seu desarmamento de forma unilateral, sem fazer concessões e sem aliviar a pressão, ou as sanções.
Analistas manifestaram dúvidas sobre os últimos anúncios, ao recordar que Pyongyang afirmou em outras ocasiões que não precisava mais executar testes.
Vários especialistas acreditam que Pyongyang dispõe de infraestruturas nucleares secretas, além do complexo de Yongbyon.
"Os norte-coreanos fazem gestos que parecem com desarmamento", escreveu no Twitter Jeffrey Lewis, especialista de controle de armas. "Não limitam de maneira significativa o programa nuclear norte-coreano", completou.
Seu objetivo principal, indicou, é "abrandar Trump, para que Kim e Moon possam manter viva sua relação".
"Isto se parece com um acordo ao estilo Israel. A Coreia do Norte finge desarmar, e nós fingimos acreditar", acrescentou.
- Estreitar laços -Tanto para Seul como para Pyongyang era importante estreitar os laços: Kim deseja que seu país consiga aproveitar a força econômica do Sul, enquanto Moon quer afastar da península o fantasma de um devastador conflito intercoreano.
O líder norte-coreano anunciou que viajará para Seul. A visita, que pode acontecer ainda este ano, seria a primeira de um governante norte-coreano à capital sul-coreana desde o fim da guerra de 1950-1953. O conflito foi encerrado com um armistício, e não um acordo de paz.
Os dois também expressaram o desejo de apresentar uma candidatura conjunta para os Jogos Olímpicos de 2032. Além disso, prometeram organizar regularmente encontros de famílias divididas pela guerra e melhorar a conexão de suas redes ferroviárias e rodoviárias.
- Montanha sagrada -As imagens da TV mostraram o comboio do presidente sul-coreano pelas ruas da capital. Nas calçadas, as pessoas exibiam bandeiras e ramos de flores para pedir a "unificação da pátria mãe".
Durante um espetáculo de dança, Moon destacou que os coreanos viveram juntos durante 5.000 anos, uma mensagem inédita por parte de uma autoridade sul-coreana.
"Proponho que avancemos ao objetivo final da paz, que fará que os últimos 70 anos de hostilidade sejam erradicados e que sejamos apenas um", declarou à multidão.
Nesta quinta-feira, Moon e Kim, acompanhados de suas esposas, visitaram o Monte Paektu, na fronteira com a China.
A montanha, de 2.744 metros de altitude, é considerada sagrada por todos os coreanos. Segundo a tradição local, do Monte Paektu nasceu Dangun, o fundador lendário do reino coreano.
A biografia oficial norte-coreana afirma que, a partir desta montanha, Kim Il-sung - fundador da Coreia do Norte e avô de Kim Jong-un - liderou a resistência contra o colonizador japonês, que ocupou a península de 1910 a 1945.
A visita ao Monte Paektu encerrou os três dias de reunião entre as Coreias.
O dirigente norte-coreano aceitou na quarta-feira fechar o local de testes de mísseis de Tongchang-ri, na presença de especialistas internacionais. O governo dos Estados Unidos aplaudiu o anúncio e disse que está disposto a dialogar imediatamente para desnuclearizar a Coreia do Norte em um prazo de três anos.
Pyongyang também mencionou a possibilidade de fechamento do complexo nuclear de Yongbyon, se Washington adotar "as medidas correspondentes".
O presidente americano, Donald Trump, elogiou os "progressos extraordinários". Seu secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou que conversou com o chanceler norte-coreano, Ri Yong-ho, e o convidou para uma reunião à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York, na próxima semana.
Ao mencionar "compromissos importantes" por parte do regime norte-coreano, Pompeo afirmou que Washington está disposto a retomar "imediatamente as negociações" para obter a desnuclearização da Coreia do Norte até janeiro de 2021, quando termina o mandato de Donald Trump.
Mas Kim espera uma segunda reunião de cúpula em breve com o presidente americano, indicou Moon, ao retornar para Seul. O presidente sul-coreano afirmou que entregará na próxima semana uma carta do dirigente norte-coreano a Trump.
As discussões estavam paradas desde o histórico encontro de cúpula de 12 de junho entre Kim e Trump, em Singapura, quando o norte-coreano reiterou o compromisso de seu país a favor da desnuclearização da península.
Desde então, Washington e Pyongyang trocaram acusações sobre o real sentido destas palavras.
O governo dos Estados Unidos reiterou diversas vezes a necessidade de desnuclearizar a Coreia do Norte. Pyongyang denunciou o que chamou de métodos de "gângster" de Washington, que acusou de desejar obter seu desarmamento de forma unilateral, sem fazer concessões e sem aliviar a pressão, ou as sanções.
Analistas manifestaram dúvidas sobre os últimos anúncios, ao recordar que Pyongyang afirmou em outras ocasiões que não precisava mais executar testes.
Vários especialistas acreditam que Pyongyang dispõe de infraestruturas nucleares secretas, além do complexo de Yongbyon.
"Os norte-coreanos fazem gestos que parecem com desarmamento", escreveu no Twitter Jeffrey Lewis, especialista de controle de armas. "Não limitam de maneira significativa o programa nuclear norte-coreano", completou.
Seu objetivo principal, indicou, é "abrandar Trump, para que Kim e Moon possam manter viva sua relação".
"Isto se parece com um acordo ao estilo Israel. A Coreia do Norte finge desarmar, e nós fingimos acreditar", acrescentou.
- Estreitar laços -Tanto para Seul como para Pyongyang era importante estreitar os laços: Kim deseja que seu país consiga aproveitar a força econômica do Sul, enquanto Moon quer afastar da península o fantasma de um devastador conflito intercoreano.
O líder norte-coreano anunciou que viajará para Seul. A visita, que pode acontecer ainda este ano, seria a primeira de um governante norte-coreano à capital sul-coreana desde o fim da guerra de 1950-1953. O conflito foi encerrado com um armistício, e não um acordo de paz.
Os dois também expressaram o desejo de apresentar uma candidatura conjunta para os Jogos Olímpicos de 2032. Além disso, prometeram organizar regularmente encontros de famílias divididas pela guerra e melhorar a conexão de suas redes ferroviárias e rodoviárias.
- Montanha sagrada -As imagens da TV mostraram o comboio do presidente sul-coreano pelas ruas da capital. Nas calçadas, as pessoas exibiam bandeiras e ramos de flores para pedir a "unificação da pátria mãe".
Durante um espetáculo de dança, Moon destacou que os coreanos viveram juntos durante 5.000 anos, uma mensagem inédita por parte de uma autoridade sul-coreana.
"Proponho que avancemos ao objetivo final da paz, que fará que os últimos 70 anos de hostilidade sejam erradicados e que sejamos apenas um", declarou à multidão.
Nesta quinta-feira, Moon e Kim, acompanhados de suas esposas, visitaram o Monte Paektu, na fronteira com a China.
A montanha, de 2.744 metros de altitude, é considerada sagrada por todos os coreanos. Segundo a tradição local, do Monte Paektu nasceu Dangun, o fundador lendário do reino coreano.
A biografia oficial norte-coreana afirma que, a partir desta montanha, Kim Il-sung - fundador da Coreia do Norte e avô de Kim Jong-un - liderou a resistência contra o colonizador japonês, que ocupou a península de 1910 a 1945.
A visita ao Monte Paektu encerrou os três dias de reunião entre as Coreias.
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