Otan inicia manobras gigantescas que incomodam a Rússia
Oslo, 25 Out 2018 (AFP) - A Otan inicia nesta quinta-feira na Noruega suas maiores manobras militares desde o fim da Guerra Fria, uma forma de recordar à Rússia a solidariedade dos aliados, apesar das dúvidas semeadas por Donald Trump.
Quase 50.000 soldados, 10.000 veículos, 65 navios e 250 aeronaves de 31 países participarão no exercício Trident Juncture 18, que busca treinar a Aliança do Atlântico Norte para a necessidade de socorrer algum membro em caso de agressão.
"O ambiente em termos de segurança na Europa piorou significativamente nos últimos anos", destacou o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg.
"Trident Juncture envia uma mensagem clara a nossas nações e a qualquer adversário potencial: a Otan não busca o confronto, mas estará preparada para defender todos os aliados contra qualquer ameaça", afirmou em uma entrevista coletiva na quarta-feira.
Apesar de não ter apontado o "adversário potencial", a Rússia estava na mente de todos, um país com força militar e que compartilha com a Noruega uma fronteira de 198 quilômetros.
O exército russo anexou a Crimeia, contribuiu para desestabilizar o leste da Ucrânia, aumentou suas capacidades no Ártico e, em setembro, organizou as maiores manobras de sua história no Extremo Oriente.
A embaixada russa em Oslo classificou o Trident Juncture de exercício "anti-Rússia" e afirmou que parece uma "provocação, apesar da tentativa de justificativa com objetivos puramente defensivos".
Moscou não esconde o mal-estar com o reforço da presença militar ocidental na região. Estados Unidos e Grã-Bretanha decidiram intensificar as atividades na Noruega para acostumar suas tropas a combater no frío.
No sábado, o presidente americano Donald Trump aumentou a tensão ao anunciar a saída dos Estados Unidos do tratado sobre armas nucleares de médio alcance (INF, Intermediate Nuclear Forces Treaty), assinado em 1987.
Trump, que acusou a Rússia de desenvolver um novo míssil, o SSC-8, ameaçou aumentar o arsenal nuclear de seu país.
Apesar de Donald Trump confundir sobre seu compromisso com a Otan, sobretudo a respeito do artigo 5 e suas obrigações de defesa coletiva, o exército americano participa no Trident Juncture com o maior contingente, mais de 14.000 soldados e um grupo aeronaval.
"Treinamos na Noruega, mas, certamente, as lições que aprendermos com o Trident Juncuture serão pertinentes em outros países", disse Stoltenberg.
Além dos 29 países membros da Otan, o exercício - que deve prosseguir até 7 de novembro - também terá as participações da Suécia e da Finlândia.
Quase 50.000 soldados, 10.000 veículos, 65 navios e 250 aeronaves de 31 países participarão no exercício Trident Juncture 18, que busca treinar a Aliança do Atlântico Norte para a necessidade de socorrer algum membro em caso de agressão.
"O ambiente em termos de segurança na Europa piorou significativamente nos últimos anos", destacou o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg.
"Trident Juncture envia uma mensagem clara a nossas nações e a qualquer adversário potencial: a Otan não busca o confronto, mas estará preparada para defender todos os aliados contra qualquer ameaça", afirmou em uma entrevista coletiva na quarta-feira.
Apesar de não ter apontado o "adversário potencial", a Rússia estava na mente de todos, um país com força militar e que compartilha com a Noruega uma fronteira de 198 quilômetros.
O exército russo anexou a Crimeia, contribuiu para desestabilizar o leste da Ucrânia, aumentou suas capacidades no Ártico e, em setembro, organizou as maiores manobras de sua história no Extremo Oriente.
A embaixada russa em Oslo classificou o Trident Juncture de exercício "anti-Rússia" e afirmou que parece uma "provocação, apesar da tentativa de justificativa com objetivos puramente defensivos".
Moscou não esconde o mal-estar com o reforço da presença militar ocidental na região. Estados Unidos e Grã-Bretanha decidiram intensificar as atividades na Noruega para acostumar suas tropas a combater no frío.
No sábado, o presidente americano Donald Trump aumentou a tensão ao anunciar a saída dos Estados Unidos do tratado sobre armas nucleares de médio alcance (INF, Intermediate Nuclear Forces Treaty), assinado em 1987.
Trump, que acusou a Rússia de desenvolver um novo míssil, o SSC-8, ameaçou aumentar o arsenal nuclear de seu país.
Apesar de Donald Trump confundir sobre seu compromisso com a Otan, sobretudo a respeito do artigo 5 e suas obrigações de defesa coletiva, o exército americano participa no Trident Juncture com o maior contingente, mais de 14.000 soldados e um grupo aeronaval.
"Treinamos na Noruega, mas, certamente, as lições que aprendermos com o Trident Juncuture serão pertinentes em outros países", disse Stoltenberg.
Além dos 29 países membros da Otan, o exercício - que deve prosseguir até 7 de novembro - também terá as participações da Suécia e da Finlândia.
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