Salome Zurabishvili, a primeira mulher eleita presidente da Geórgia
Tbilisi, 29 Nov 2018 (AFP) - Salome Zurabishvili, ex-ministra das Relações Exteriores da Geórgia, se tornou a primeira mulher eleita presidente da Geórgia nesta quinta-feira (29), de acordo com os resultados finais, questionados pela oposição, que denunciou uma fraude nas eleições.
Zurabishvili, nascida na França e que foi embaixadora deste país, apoiada pelo partido no poder "Sonho Georgiano", obteve 59,25% dos votos, contra 40,48% para o candidato de uma aliança de 11 partidos de oposição, Grigol Vashadzé.
Esta aliança opositora, o "Movimento Nacional Unido" (MNU), foi criada pelo ex-presidente no exílio, Mikheil Saakashvili, que denunciou uma "fraude eleitoral maciça" e pediu aos georgianos que se "manifestem pacificamente para exigir eleições legislativas antecipadas".
Nesta quinta, Vachadzé rejeitou os resultados das eleições e pediu que as pessoas se manifestem nas ruas.
"Não reconhecemos os resultados eleitorais, pedimos que realizem eleições parlamentares antecipadas", declarou Vachadzé na televisão.
O político fez uma convocação para realizarem uma "grande manifestação pacífica" no centro de Tbilisi no domingo contra o resultado.
Após a sua vitória, a nova presidente afirmou que a Geórgia havia apostado pela Europa. "É importante mostrar que o país escolheu a Europa e, por isso, os georgianos elegeram presidente uma mulher europeia", afirmou.
Tratam-se das últimas eleições presidenciais com eleição direta nesta antiga república soviética do Cáucaso, antes de passar para um regime parlamentar. Embora o cargo de presidente se converta em algo essencialmente simbólico depois dessas mudanças constitucionais, esta votação supõe um verdadeiro teste para o partido no poder.
Estas eleições na Geórgia - que aspira se unir à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - prefigura o duelo nas legislativas de 2020 entre o Sonho Georgiano, no poder desde 2012, e o MNU de Saakashvili.
- Revés para o poder -No primeiro turno das eleições presidenciais, em 28 de outubro, Salome Zurabishvili não conseguiu superar os 50% dos votos, um resultado considerado um revés para o Sonho Georgiano, fundado pelo bilionário Bidzina Ivanishvili, que muitos acreditar comandar das sombras.
Zurabishvili, franco-georgiana de 66 anos, estava quase empatada (38,64%) com Grigol Vashadzé (37,73%).
Ambos os candidatos compartilhavam a necessidade de uma aproximação do país com a União Europeia e a Otan, mas diferem na forma como abordam suas relações com a Rússia.
"O Sonho Georgiano adota um tom mais moderado em suas relações com Moscou, enquanto o MNU é tradicionalmente abertamente crítico" com o presidente russo, Vladimir Putin, explica o analista Gia Nodia.
Saakashvili chegou ao poder em 2004 e durante a sua presidência o país viveu a desastrosa guerra contra a Rússia em 2008, até deixar o cargo em 2013.
A oposição acusou o governo de intimidar os eleitores e afirmou que os militantes do Sonho Georgiano agrediram membros do partido de Vashadzé.
Zurabishvili, que manteve um perfil discreto no primeiro turno, afirmou que ela e seus filhos foram ameaçados de morte.
Três ONGs georgianas, incluindo a filial local da Transparência Internacional, indicaram na semana passada que tinham provas de que o governo imprimiu documentos de identidade falsos para fraudar o segundo turno.
A Organização para Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) considerou nesta quinta-feira que as eleições "foram disputadas" e que "os candidatos puderam fazer campanha livremente". No entanto, criticou o "uso abusivo" dos recursos do Estado para favorecer Zurabishvili.
Zurabishvili, nascida na França e que foi embaixadora deste país, apoiada pelo partido no poder "Sonho Georgiano", obteve 59,25% dos votos, contra 40,48% para o candidato de uma aliança de 11 partidos de oposição, Grigol Vashadzé.
Esta aliança opositora, o "Movimento Nacional Unido" (MNU), foi criada pelo ex-presidente no exílio, Mikheil Saakashvili, que denunciou uma "fraude eleitoral maciça" e pediu aos georgianos que se "manifestem pacificamente para exigir eleições legislativas antecipadas".
Nesta quinta, Vachadzé rejeitou os resultados das eleições e pediu que as pessoas se manifestem nas ruas.
"Não reconhecemos os resultados eleitorais, pedimos que realizem eleições parlamentares antecipadas", declarou Vachadzé na televisão.
O político fez uma convocação para realizarem uma "grande manifestação pacífica" no centro de Tbilisi no domingo contra o resultado.
Após a sua vitória, a nova presidente afirmou que a Geórgia havia apostado pela Europa. "É importante mostrar que o país escolheu a Europa e, por isso, os georgianos elegeram presidente uma mulher europeia", afirmou.
Tratam-se das últimas eleições presidenciais com eleição direta nesta antiga república soviética do Cáucaso, antes de passar para um regime parlamentar. Embora o cargo de presidente se converta em algo essencialmente simbólico depois dessas mudanças constitucionais, esta votação supõe um verdadeiro teste para o partido no poder.
Estas eleições na Geórgia - que aspira se unir à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - prefigura o duelo nas legislativas de 2020 entre o Sonho Georgiano, no poder desde 2012, e o MNU de Saakashvili.
- Revés para o poder -No primeiro turno das eleições presidenciais, em 28 de outubro, Salome Zurabishvili não conseguiu superar os 50% dos votos, um resultado considerado um revés para o Sonho Georgiano, fundado pelo bilionário Bidzina Ivanishvili, que muitos acreditar comandar das sombras.
Zurabishvili, franco-georgiana de 66 anos, estava quase empatada (38,64%) com Grigol Vashadzé (37,73%).
Ambos os candidatos compartilhavam a necessidade de uma aproximação do país com a União Europeia e a Otan, mas diferem na forma como abordam suas relações com a Rússia.
"O Sonho Georgiano adota um tom mais moderado em suas relações com Moscou, enquanto o MNU é tradicionalmente abertamente crítico" com o presidente russo, Vladimir Putin, explica o analista Gia Nodia.
Saakashvili chegou ao poder em 2004 e durante a sua presidência o país viveu a desastrosa guerra contra a Rússia em 2008, até deixar o cargo em 2013.
A oposição acusou o governo de intimidar os eleitores e afirmou que os militantes do Sonho Georgiano agrediram membros do partido de Vashadzé.
Zurabishvili, que manteve um perfil discreto no primeiro turno, afirmou que ela e seus filhos foram ameaçados de morte.
Três ONGs georgianas, incluindo a filial local da Transparência Internacional, indicaram na semana passada que tinham provas de que o governo imprimiu documentos de identidade falsos para fraudar o segundo turno.
A Organização para Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) considerou nesta quinta-feira que as eleições "foram disputadas" e que "os candidatos puderam fazer campanha livremente". No entanto, criticou o "uso abusivo" dos recursos do Estado para favorecer Zurabishvili.
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