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Para Trudeau, China deve provar que não é arbitrária com canadenses detidos

23/12/2018 20h23

Montreal, 23 dez 2018 (AFP) - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, expressou a disposição em aceitar a palavra da China desde que demonstre que a detenção de cidadãos canadenses no país asiático não foi arbitrária.

Suas declarações foram realizadas em entrevista à Global TV, exibida neste domingo (23), mas gravada na quarta-feira, dois dias antes de as autoridades canadenses elevarem o tom para exigir a "libertação imediata" de dois canadenses detidos "arbitrariamente", segundo eles.

Afirmando que o Canadá respeita um Estado de direito sem interferências políticas e que a China diz fazer o mesmo, Trudeau afirmou: "Vamos acreditar em sua palavra".

"Vamos dizer-lhes 'Está bem, vocês prenderam estas pessoas'. Vamos acreditar no que dizem, que é independente de qualquer outro caso, sendo assim, está bem. Compartilhem conosco a evidência, nos expliquem porque o estão fazendo, nos deem acesso consular completo. Sigamos as regras da lei", acrescentou.

As autoridades chinesas detiveram em 10 de dezembro o ex-diplomata Michael Kovrig e o consultor Michael Spavor, oficialmente por atividades "que ameaçam a segurança nacional".

Mas muitos observadores acreditam que se trata de uma represália, após a detenção, no começo de dezembro, em Vancouver, da diretora financeira da gigante chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou, a pedido da Justiça americana.

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