Irã libera acadêmica acusada de espionagem
Teerã, 27 Jan 2019 (AFP) - As autoridades iranianas libertaram uma especialista iraniana em demografia que foi presa em dezembro em Teerã após ter sido acusada de trabalhar com "redes de espionagem" estrangeiras, indicou neste domingo seu advogado, citado pela agência de imprensa oficial Irna.
"O tribunal me informou nesta manhã que a senhora Meimanat Hosseini Chavoshi foi libertada há algumas horas", declarou seu advogado, Mahmood Behzadi.
No começo de dezembro, Chavoshi foi acusada por um jornal ultraconservador de trabalhar com as redes de espionagem estrangeiras para se infiltrar instituições governamentais, mas as acusações contra ela nunca foram oficialmente anunciadas.
Por ora, não foi confirmado se houve um processo ou se as acusações foram retiradas.
Professora da Universidade de Melbourne (Austrália), no departamento de Demografia e Saúde Mundial, Chavoshi fez pesquisas sobre a fertilidade no Irã e políticas de planejamento familiar.
A pesquisadora tinha sido convidada pelo ministério de Trabalho e Assuntos Sociais a participar de uma conferência em Teerã sobre o envelhecimento da população.
A ex-funcionária do Ministério da Saúde iraniano foi presa quando estava prestes a deixar o país, após sua participação na conferência.
No momento de sua prisão, o jornal ultraconservador Kayhan informou sobre a prisão de vários "ativistas (especialistas em demografia)" que, segundo o veículo, teriam usado como "pretexto atividades científicas" e "infiltrado as instituições governamentais".
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