Kremlin desmente envio de mercenários russos à Venezuela
Moscou, 27 Jan 2019 (AFP) - O Kremlin desmentiu, neste domingo (27) a presença de mercenários contratados por empresas militares privadas russas na Venezuela, em apoio ao presidente Nicolás Maduro, aliado de Moscou, cujo governo está sendo desafiado pelo líder do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó.
Ao ser consultado pela televisão russa sobre a suposta presença de "400 de nossos combatentes que protegem Maduro" na Venezuela, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondeu: "É claro que não".
"O medo tem olhos grandes", disse, citando um provérbio russo, de acordo com agências do país. Peskov deu essas declarações ao programa "Moscou. Putin. Kremlin", transmitido em uma das principais emissoras públicas.
Vários grandes veículos russos e internacionais noticiaram, nesta semana, o suposto envio à Venezuela de mercenários russos para apoiar o governo de Nicolás Maduro, em meio ao agravamento da crise política no país.
O embaixador russo na Venezuela disse, na sexta-feira, que a suposta presença de mercenários russos na Venezuela era uma "piada".
Guaidó, de 35 anos, se autoproclamou presidente interino na quarta-feira, após a Assembleia Nacional declarar Maduro "usurpador" por iniciar, em 10 de janeiro, um segundo mandato considerado ilegítimo por parte da comunidade internacional, que estima que sua reeleição foi fraudada.
Desde então, Estados Unidos, Canadá e muitos países sul-americanos, como Brasil, Argentina e Colômbia, reconheceram o líder opositor.
Rússia e China, ambas com poder de veto no Conselho de Segurança, se mostram leais a Maduro, junto a aliados históricos de Caracas como Turquia, Bolívia, Cuba e Nicarágua.
rco/pb/age/ll
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