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Avião com ajuda dos EUA para Venezuela aterrissa na ilha caribenha de Curaçao

21/02/2019 20h24

Willemstad, Antilhas Neerlandesas, 21 Fev 2019 (AFP) - Um avião que transportava alimentos e ajuda médica dos Estados Unidos para a Venezuela aterrissou nesta quinta-feira na ilha caribenha de Curaçao, depois que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, prometeu bloquear a chegada desse carregamento a seu país.

Repórteres da AFP viram a aeronave aterrissar no aeroporto de Curaçao, um dos focos do confronto entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que rejeita a ajuda humanitária estrangeira, e o autoproclamado chefe de Estado interino, Juan Guaidó, que a solicitou.

Uma dezena de partidários da oposição venezuelana aplaudiram e cantaram o hino nacional de seu país quando o avião aterrissou, depois de voar a partir de Miami.

Minutos depois, operadores começaram a descer a carga do avião.

Os organizadores dizem que a ajuda contribuirá para aliviar o sofrimento dos venezuelanos, atingidos por uma crise econômica.

Miguel Rodríguez, um dos organizadores venezuelanos do envio, disse à AFP que a ajuda seria transferida no sábado a um porto marítimo próximo, onde esperará a autorização do governo local para ser levada a Venezuela.

"O avião finalmente decolou nesta tarde de Miami e está chegando aqui com 50 toneladas de ajuda humanitária. Há remédios, alimentos, e essa quantidade de ajuda que vem aqui vai ser transladada ao porto marítimo", indicou.

"Estamos esperando que as condições estejam dadas... Estamos desejosos de que isto se resolva nas próximas horas e que essa carga possa chegar a Venezuela", acrescentou.

Outra das organizadoras da iniciativa, Ana María Madero, disse ignorar como a carga chegará a Venezuela.

"Ninguém sabe. Acredito que tudo está acontecendo de hora a hora, mas continuo acreditando em Deus e sei que os milagres existem, sei que isso vai chegar e sei que meu país vai ser livre muito em breve. Vai ser livre e democrático", afirmou.

Maduro qualificou a iniciativa como uma cortina de fumaça para uma invasão americana e disse que impedirá que a ajuda entre na Venezuela através das fronteiras da Colômbia e do Brasil.

Também indicou que seu governo ordenou a suspensão das conexões marítimas e aéreas com Curaçao.

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