Dono dos Patriots se declara inocente em escândalo sexual
Miami, 28 Fev 2019 (AFP) - Robert Kraft, o bilionário dono da franquia de futebol americano New England Patriots, se declarou inocente de solicitar serviços de prostituição na Flórida, uma prática ilegal nesse Estado, em meio ao desmantelamento de uma rede de tráfico de seres humanos.
Kraft é um dos 25 homens acusados pela promotoria de Palm Beach, na Flórida, de supostamente ter pago mulheres por sexo em uma casa de massagens na cidade de Jupiter, 145 km ao norte de Miami.
Um documento judicial do tribunal, divulgado nesta quinta-feira pela filial local da emissora ABC, mostra que Kraft se declarou inocente das acusações.
O bilionário de 77 anos, cuja equipe conquistou o Super Bowl este ano, terá que comparecer diante de um tribunal em 27 de março.
O promotor do condado de Palm Beach, Dave Aronberg, garantiu aos jornalistas na segunda-feira que Kraft, amigo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não será tratado de maneira distinta dos outros acusados no caso.
"Ninguém recebe uma justiça especial no condado de Palm Beach", declarou Aronberg.
A polícia detalhou no comunicado que Kraft foi visto entrando na casa de massagens em duas ocasiões separadas, em 19 e 20 de janeiro, na manhã em que os Patriots venceram o Kansas City Chiefs na final de conferência AFC, se classificando para o Super Bowl.
Segundo as acusações, o empresário, que tem fortuna estimada em mais de 6.6 bilhões de dólares, teve relações sexuais com uma massagista da casa de massagens Orchids of Asia Day Spa. Lá, as mulheres, em sua maioria chinesas levadas aos Estados Unidos por falsas propostas de trabalho, eram forçadas a se prostituir.
Aronberg informou que a promotoria está tratando o assunto com um caso de tráfico de seres humanos.
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