Na Colômbia, ex-senador é preso por receber propina da Odebrecht
Bogotá, 21 Mar 2019 (AFP) - O ex-senador colombiano Antonio Guerra foi detido nesta quinta-feira em Bogotá por participação no esquema de propinas da construtora Odebrecht na Colômbia, informou a Suprema Corte de Justiça local.
As provas apontam o envolvimento do "ex-congressista com os subornos pagos" pela construtora brasileira "para obter vantagens e favorecimento na obtenção de contratos de infraestrutura" pública, informou o alto tribunal.
Ex-parlamentar do partido de centro-direita Mudança Radical e declarado independente do governo de Iván Duque, Guerra se apresentou voluntariamente às autoridades na capital colombiana após receber uma ordem de prisão, de acordo com as informações.
Guerra, que cumpriu mandato entre 1998 e 2002 e 2006 e 2018, supostamente integrava um grupo de políticos que defendia no Congresso a contratação de obras públicas a favor da Odebrecht, segundo a Suprema Corte.
O ex-senador estaria envolvido na concessão em 2012, durante o primeiro mandato de Juan Manuel Santos, da rodovia Rota do Sol 2, que atravessa o país do centro ao norte e principal foco de corrupção da empresa brasileira na Colômbia.
Também é acusado de trabalhar a favor do consórcio Navelena, do qual fazia parte a Odebrecht, na obtenção em 2015 de um empréstimo público para financiar um projeto de tornar navegável o rio Magdalena, o principal do país.
Além disso, Guerra supostamente estaria comprometido na elaboração de um contrato de estabilidade jurídica que buscava garantir condições favoráveis para a Odebrecht.
Imersa em casos de corrupção em 12 países, a Odebrecht reconheceu em 2016 na justiça dos Estados Unidos que obteve contratos de obras públicas mediante subornos a políticos.
Até o momento seis pessoas foram condenadas por este escândalo na Colômbia, onde foram pagos 32,5 milhões de dólares em propinas, segundo do tribunal.
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