Pompeo rompe tradição e visita Muro das Lamentações com Netanyahu
Jerusalém, 21 Mar 2019 (AFP) - O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, visitou nesta quinta-feira (21) o Muro das Lamentações em Jerusalém Oriental, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rompendo assim a tradição diplomática de não visitar o local.
Pompeo foi o funcionário de maior hierarquia do governo americano a visitar o local de oração sagrado para os judeus, informaram dois ex-diplomatas americanos.
O Muro das Lamentações fica em Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967 e depois anexada. Israel considera toda Jerusalém como sua capital. Os palestinos reivindicam a parte oriental como a capital do Estado a que aspiram.
A comunidade internacional vê a anexação de Jerusalém Oriental como ilegal e considera o setor como território ocupado.
Em maio de 2017, o presidente americano, Donald Trump, foi o primeiro presidente americano em exercício a visitar o Muro das Lamentações, mas sem estar acompanhado por uma autoridade israelense.
"É algo que conversei com o primeiro-ministro Netanyahu há algum tempo e é nossa primeira oportunidade para irmos juntos", disse Pompeo a jornalistas antes da visita.
"Acredito que é importante, acredito que é simbólico que um alto funcionário americano vá com o primeiro-ministro de Israel", completou, ao citar um "local muito importante para várias religiões".
A visita de Pompeo a Israel acontece durante a campanha das eleições legislativas de 9 de abril, nas quais Netanyahu aspira a um novo mandato.
Netanyahu aproveita cada oportunidade para aparecer em público ao lado de autoridades americanas. Na próxima semana, viajará para Washington, onde se reunirá com Trump.
O presidente americano já rompeu o consenso internacional em vigor há várias décadas, ao reconhecer no fim de 2017 Jerusalém como capital de Israel. Esta decisão provocou muitas críticas e a suspensão do diálogo com os palestinos.
Nesta quinta-feira, Pompeo visitou a nova embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.
As relações entre Israel e os Estados Unidos foram fortalecidas consideravelmente depois que Trump nesta quinta-feira deu um novo apoio a seu aliado Netanyahu.
"Depois de 52 anos, é hora de os Estados Unidos reconhecerem totalmente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, a importância estratégica e a segurança do Estado de Israel e da estabilidade regional", tuitou Trump.
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