Boeing não apresentou oficialmente correções no 737 MAX
Fort Worth, Estados Unidos, 22 Mai 2019 (AFP) - A Boeing não apresentou formalmente as correções no sistema de estabilização MCAS do 737 MAX, apontado como a origem dos acidentes com os aparelhos da Ethiopian e da Lion Air, informou nesta quarta-feira o diretor interino da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), Dan Elwell.
"A correção não foi apresentada", declarou à imprensa Dan Elwell, após a e Boeing anunciar - na semana passada - a conclusão das alterações exigidas pela FAA e que o novo sistema estava pronto para ser certificado.
A FAA apresentou novas questões à Boeing, o que explica o atraso, precisou Elwell.
"Ainda não determinamos qual será o treinamento final dos pilotos", destacou Elwell, que na quinta-feira tentará estabelecer padrões com seus correspondentes de 33 países, entre eles China, Canadá, União Europeia, Etiópia e Indonésia.
Estados Unidos e Canadá discordam sobre o treinamento mais adequado para os pilotos do 737 MAX.
As autoridades americanas avaliam que um treinamento em computador ou iPad é o suficiente para pilotos experientes, enquanto o regulador canadense quer o uso obrigatório do simulador.
Diante do atraso da Boeing, fica difícil prever um calendário preciso para o restabelecimento dos voos do 737 MAX, cuja frota permanece em terra há 70 dias, assinalou Elwell.
O diretor interino da FAA não confirmou a previsão de American Airlines e Southwest, dois operadores do 737 MAX, que esperam voltar a voar com os modelos antes de julho.
"Levará tempo até a realização das coisas que precisam ser feitas", avaliou Elwell, observando que a autoridade de origem sobre o 737 MAX, a FAA "deve ser a primeira" a autorizar a retomada dos voos.
lo/AB/lr
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