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Venezuela diz ter frustrado atentados e acusa presidente da Colômbia

Bandeira da Venezuela durante protesto contra o governo na capital, Caracas - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Bandeira da Venezuela durante protesto contra o governo na capital, Caracas Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

31/08/2019 17h14

Caracas, 31 Ago 2019 (AFP) - O governo venezuelano disse neste sábado que frustrou vários ataques com explosivos contra instalações públicas em Caracas, e vinculou esses planos à oposição e ao presidente colombiano Iván Duque.

"Teria sido a perpetração do mais grave ataque terrorista contra o povo da Venezuela", disse o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, em um discurso televisionado.

Segundo o funcionário, um grupo de "terroristas e assassinos" tentou explodir o Palácio da Justiça, uma delegacia da polícia e um prédio no bairro de 23 de janeiro. Um dos três supostos executores foi preso na quinta-feira passada.

O ministro disse que os envolvidos foram treinados na Colômbia e que o detido revelou a suposta existência de três campos de treinamento em Maicao, na Serra Nevada de Santa Marta, e Riohacha, perto da fronteira com a Venezuela.

Rodríguez disse que uma dessas bases é coordenada pelo major-general aposentado Clíver Alcalá, que acompanhou o falecido presidente Hugo Chávez em um golpe fracassado em 1992.

Além disso, apontou como chefe político da operação o parlamentar exilado Julio Borges, indicado esta semana como "comissário de relações exteriores" pelo líder da oposição Juan Guaidó.

Depois de mostrar imagens de satélite dos supostos locais, Rodríguez acusou o presidente colombiano de estar envolvido na operação.

"Até quando, Iván Duque? Até quando vão agredir? (...) Temos certeza de que você não agirá porque é cúmplice desses terroristas e assassinos", afirmou.

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, anunciou no Twitter que o caso será denunciado nas Nações Unidas.

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