Trump celebra queda histórica do desemprego a 3,5% nos EUA
Washington, 4 Out 2019 (AFP) - A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 3,5% em setembro, o menor registro em 50 anos - anunciou o governo nesta sexta-feira (4), boas notícias para a Casa Branca em meio à incerteza econômica sobre a guerra comercial entre EUA e China.
O presidente Donald Trump comemorou a notícia, alegando que suas realizações na economia deveriam protegê-lo dos procedimentos de julgamento político em andamento.
Wall Street também reagiu positivamente, com um aumento de 0,6% no índice industrial Dow Jones às 12h de Brasília.
A economia americana criou 136 mil empregos no mês passado, após ter gerado 168 mil em agosto (uma cifra revisada com forte alta, após terem sido anunciados 130 mil inicialmente). Os analistas esperavam, contudo, um número melhor para setembro, de 150 mil.
A taxa de desemprego ficou permanentemente abaixo de 4%. E muitos americanos que já não apareciam nas estatísticas de emprego, porque desistiram de procurar trabalho após a crise financeira, voltaram ao mercado nos últimos meses.
O desemprego para os latinos está em seu ponto mais baixo desde 1973, quando estes registros começaram a ser feitos, detalhou o Departamento de Trabalho. Para a população branca, está no menor nível desde maio de 1969.
Para os trabalhadores sem diploma de ensino médio, a taxa de desemprego está no patamar mais baixo desde que os registros se iniciaram, em 1992.
A taxa de participação no emprego, que geralmente indica confiança na economia, manteve-se inalterada, em 63,2%.
- Trump celebra -O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imediatamente celebrou a notícia, em um contexto em que ele enfrenta uma investigação de um processo de impeachment no Congresso.
"Notícias de última hora: a taxa de desemprego, de 3,5%, cai a seu registro mais baixo em 50 anos. Uau, Estados Unidos, vamos fazer o impeachment do seu presidente (mesmo que ele não tenha feito nada de errado)!", tuitou Trump ironicamente.
O chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, disse nesta sexta-feira que embora a economia "enfrente alguns riscos, em geral, está (...) em um bom lugar".
O trabalho do Fed "é mantê-la aí o maior tempo possível", acrescentou.
O relatório sobre emprego também chega em meio a uma série de dados econômicos preocupantes, que mostram que as guerras comerciais de Trump afetaram o entorno empresarial.
Os salários médios por hora caíram um centavo, a 28,09 dólares, muito abaixo das expectativas dos economistas, dando fim a uma série de altas constantes de um ano.
- Indústria em recessão -O setor da mineração não somou trabalhadores, após registrar três meses seguidos de demissões. O setor automotivo demitiu trabalhadores pelo quarto mês consecutivo.
O setor industrial caiu pela segunda vez em 2019: perdeu 2 mil empregos em setembro e entrou em recessão, a primeira vítima da guerra comercial EUA-China.
Contudo, a medição mais ampla do desemprego, que leva em conta quem trabalha em período parcial mas busca trabalho em horário integral e que está marginalmente vinculado à mão de obra, caiu ao nível mais baixo em quase 19 anos.
Os últimos dados não refletem a greve nacional iniciada no mês passado pelos funcionários da General Motors, que deixaram de trabalhar na semana após ter sido realizada a pesquisa para o relatório de setembro.
"O aumento do emprego (...) e a taxa de desemprego são sinais que garantem que a dinâmica econômica permaneça forte, mesmo em um contexto de crescente incerteza", disse Lawrence Yun, economista-chefe da Associação Nacional dos Agentes Imobiliários do Estado (NAR).
"Mas antes de nos alegrarmos demais, lembremos" que o emprego não é um indicador econômico avançado, mas "um indicador a posteriori da orientação da economia", acrescentou.
Dt/seb/mps/ll/piz/mps/ll/tt
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