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Hillary Clinton denuncia que Rússia prepara uma democrata para eleições de 2020

Gabbard rejeitou parte do apoio de fontes nacionalistas ou direitistas - Reprodução/Youtube
Gabbard rejeitou parte do apoio de fontes nacionalistas ou direitistas Imagem: Reprodução/Youtube

18/10/2019 14h39

A ex-secretária de Estado americano Hillary Clinton alertou que a Rússia está "preparando" uma pré-candidata democrata para formar um novo partido no próximo ano e disse que a congressista Tulsi Gabbard poderia desempenhar esse papel.

O objetivo da operação seria dividir o eleitorado americano e ajudar o presidente Donald Trump a vencer a reeleição, disse Clinton, que perdeu para o republicano nas eleições de 2016.

"Não estou fazendo nenhuma previsão, mas acredito que eles estão de olho em alguém que atualmente está participando das primárias democratas, e a estão preparando para ser candidata de um terceiro" partido, disse Clinton a David Plouffe em seu podcast "Campaign HQ".

"Ela é a favorita dos russos. Eles têm muitos sites, bots e outras maneiras de apoiá-la", acrescentou.

As outras mulheres que participam da disputa pela indicação democrata são as senadoras Elizabeth Warren, Kamala Harris e Amy Klobuchar e a autora Marianne Williamson, nenhuma delas ligada a Moscou da mesma forma que Gabbard.

Analistas de mídia dos EUA demonstraram que sites vinculados à Rússia comemoraram o lançamento da campanha de Gabbard, defenderam seu polêmico encontro em 2017 com o presidente sírio Bashar al-Assad e atacaram pessoas que sugeriram que Gabbard é um peão de Moscou.

Na semana passada, o New York Times citou influentes republicanos que disseram estar impressionados com as posições políticas e a energia de Gabbard.

O teórico de extrema direita Mike Cernovich disse que "parece muito trumpiana".

Gabbard rejeitou parte do apoio de fontes nacionalistas ou direitistas, e durante o debate democrata na semana passada criticou o Times por publicar "difamações" e disse que os comentaristas de televisão que a chamavam de "patrimônio russo" são "completamente desprezíveis".