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Evo Morales é nomeado chefe de campanha de seu partido para eleições

Evo Morales fala em El Alto - Enzo De Luca/ABI/Handout via Xinhua
Evo Morales fala em El Alto Imagem: Enzo De Luca/ABI/Handout via Xinhua

07/12/2019 21h19

O ex-presidente boliviano Evo Morales foi nomeado neste sábado (7) por seus apoiadores chefe de campanha de seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) para as eleições de 2020, em uma assembleia celebrada em Cochabamba.

"Agradeço a confiança para me nomear chefe de campanha. Elegeremos um candidato unitário e venceremos novamente as eleições em primeiro turno. Obrigado por não me abandonarem, eu sempre estarei com vocês. Unidos venceremos!", escreveu Morales, que está em Cuba, em sua conta no Twitter.

A assembleia partidária adiou a eleição da chapa que o partido vai apresentar até que se alcancem maiores condições de unidade.

As eleições de 2020 serão as primeiras em 18 anos sem Morales como candidato à Presidência.

Asilado no México desde 12 de novembro, Morales fez nesta sexta-feira uma viagem temporária a Cuba, informou a chancelaria mexicana. O motivo seria uma consulta médica.

Especula-se que, após sua visita a Cuba, Morales se mudaria para a Argentina, onde vivem seus filhos e contaria com a proteção do governo do peronista Alberto Fernández, que assume o cargo em 10 de dezembro.

Do exterior, ele pretende comandar a estratégia de participação do MAS nas eleições bolivianas, previstas para o primeiro trimestre do ano que vem.

"Estarei em breve na Bolívia para que juntos enfrentemos eleições e as vençamos como sempre fizemos", prometeu Morales aos presentes na Assembleia durante um curto telefonema.

Entre os possíveis candidatos a suceder Morales aparece o nome de Andrónico Rodríguez, um jovem líder camponês de produtores de coca. Também é citada Adriana Salvatierra, ex-presidente do Senado.

Completam a lista Luis Arce, ex-ministro da Economia, que na sexta-feira viajou para o exílio no México; o ex-chanceler David Choquehuanca e o ex-ministro da Justiça, Héctor Arce.

Morales renunciou em 10 de dezembro, depois que uma missão da OEA detectou irregularidades nas eleições de 20 de outubro e após perder o apoio das Forças Armadas.