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Mais de 10% da tripulação de porta-aviões dos EUA está com coronavírus

Porta-aviões USS Theodore Roosevelt da Marinha dos Estados Unidos (EUA) - US Navy/Getty Images
Porta-aviões USS Theodore Roosevelt da Marinha dos Estados Unidos (EUA) Imagem: US Navy/Getty Images

De Washington

12/04/2020 09h27

Mais de 10% dos 4.800 tripulantes do porta-aviões americano "USS Theodore Roosevelt" testou positivo para o coronavírus, informou a USS Navy no sábado, dias após o chefe dessa armada renunciar.

"92% da tripulação do TR foi avaliada. Até o momento, 550 deram positivo, outros 3.673 negativo", disse à AFP um porta-voz da USS Navy.

O porta-voz explicou que 3.696 militares foram transferidos para hotéis e quartéis disponíveis em Guam, no Oceano Pacífico, onde o navio está atracado desde que seu ex-capitão soou o alerta, desencadeando um confronto público com o Pentágono que culminou na renúncia do secretário da USS Navy, Thomas Modly, na terça-feira.

Modly renunciou cinco dias depois de retirar o capitão de Roosevelt, Brett Crozier, por escrever uma carta que vazou para a mídia, descrevendo a terrível situação do navio atacado pelo vírus e alegando que o Pentágono não estava prestando a devida atenção.

"A propagação da doença é contínua e acelerada", escreveu Crozier. "Não estamos em guerra. Os marinheiros não precisam morrer", disse ele na nota publicada pelo The San Francisco Chronicle, gerando uma crise na Defesa.

A expulsão de Crozier, respeitado na USS Navy e popular com sua tripulação, foi vista como uma medida muito dura e decidida com muita rapidez, antes de uma investigação ser realizada.

Até o momento, o coronavírus fez pelo menos 20.506 mortes e 527.111 infectados nos Estados Unidos, de acordo com a contagem mais recente da Universidade Johns Hopkins.