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Luz do sol destrói coronavírus rapidamente, afirma agência americana

Ilustração do novo coronavírus -
Ilustração do novo coronavírus

Em Washington

28/04/2020 15h34

O novo coronavírus é rapidamente destruído pela luz do sol, de acordo com um novo estudo anunciado por uma autoridade dos EUA nesta quinta-feira (23), que traz esperança de que sua propagação possa diminuir durante o verão.

William Bryan, consultor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Interna, disse a repórteres na Casa Branca que cientistas do governo descobriram que os raios ultravioletas têm um impacto potente.

"Nossa observação mais impressionante até o momento é o poderoso efeito que a luz solar parece ter sobre a morte do vírus, tanto na superfície quanto no ar", disse ele.

"Vimos um efeito semelhante tanto com a temperatura quanto com a umidade, o aumento da temperatura ou da umidade ou ambas é geralmente menos favorável ao vírus".

Ele então mostrou um slide resumindo os resultados do experimento realizado no Centro Nacional de Análise e Contramedidas da Biodefesa.

Ele mostrou que a meia-vida do vírus - o tempo necessário para reduzir sua quantidade à metade- foi de 18 horas quando a temperatura estava de 21 a 24 graus Celsius com uma umidade de 20% em uma superfície não porosa.

Isso inclui superfícies como maçanetas e aço inoxidável.

Mas a meia-vida caiu para seis horas quando a umidade subiu para 80% - e apenas dois minutos quando a luz solar foi adicionada à equação.

Quando o vírus foi suspenso no ar, em aerossol, a meia-vida foi de uma hora com temperatura entre 21 e 24 graus Celsius com 20% de umidade.

Na presença da luz do sol, o tempo caiu para apenas um minuto e meio.

Bryan concluiu que as condições do verão "criarão um ambiente com uma transmissão que pode ser reduzida".

Mas ele alertou que a propagação reduzida não significa que o patógeno seria eliminado completamente e que as medidas de distanciamento social não podem ser totalmente levantadas.

"Seria irresponsável dizer que percebemos que o verão matará totalmente o vírus e que as pessoas poderiam ignorar essas diretrizes", afirmou.