Robô verifica temperatura e uso de máscara em cidade belga
Quando os pacientes belgas que temem ter sido contaminados pelo coronavírus comparecem ao hospital universitário da cidade da Antuérpia, o primeiro rosto que observam não é o de uma enfermeira de máscara, e sim o de um robô.
O aparelho, construído pela empresa belga Zorabots, saúda os recém-chegados e lê os dados do paciente proporcionados por um questionário preenchido pelo potencial enfermo.
O robô mede a temperatura da pessoa e assegura que ela usa a máscara de maneira correta, antes de avaliar a probabilidade e a gravidade da infecção, com o envio para o local apropriado da clínica.
O processo não é um diagnóstico, mas uma etapa útil que reduz os contatos da equipe médica com pacientes potencialmente infectados antes de serem internados no hospital.
"Se o paciente tem uma temperatura elevada ou não usa a máscara corretamente, na tela aparece a mensagem: 'você tem um problema, não pode entrar diretamente no hospital'", explica o médico Michael Vanmechelen.
"Então, a pessoa deve ser examinada. O robô nunca trabalha sozinho, sempre atua em apoio a um funcionário do hospital", completou.
No período de progressivo retorno à normalidade, após um longo confinamento da população, "muitas pessoas deverão ser submetidas a testes", disse Fabrice Goffin, um dos diretores da Zorabots.
Com mais de 9.000 mortes, a Bélgica tem uma das taxas de letalidade mais elevadas do mundo por número de habitantes.
Mas o número deve ser examinado com cautela porque a Bélgica inclui em seu balanço casos não confirmados com teste, apenas suspeitos, quando uma pessoa morre em uma casa de repouso na qual foram detectados casos de coronavírus.
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