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Colômbia expulsa suposto espião venezuelano que fingiu desertar do chavismo

Bandeira da Venezuela - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Bandeira da Venezuela Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

12/06/2020 06h00

Autoridades colombianas expulsaram na noite de ontem um suposto militar venezuelano que se apresentava como desertor do governo Nicolás Maduro para se estabelecer no país e espionar o exército.

Gerardo Rojas Castillo foi expulso para a Venezuela "de maneira discricionária pela autoridade de imigração" com base em um relatório do exército no qual foi acusado de realizar "atividades não autorizadas que colocariam em risco a segurança nacional", informou a 'Migración Colombia' en um comunicado.

A expulsão implica uma proibição de entrar na Colômbia durante 10 anos.

Rojas Castillo admitiu ser membro da Força Nacional Bolivariana e, no momento de sua prisão, foram encontrados documentos que o credenciavam como o segundo sargento ativo dessa força, informou o general Gerardo Melo Barrera, comandante da Primeira Divisão do Exército da Colômbia.

A inteligência militar colombiana o monitorava há mais de um ano, segundo o general.

O homem entrou na Colômbia em fevereiro de 2019, no contexto da entrada fracassada de ajuda dos Estados Unidos à Venezuela, como um dos mais de mil desertores militares e policiais do governo Maduro, disse uma fonte do governo à AFP.

O processo contra ele indica que foi encontrado espionando uma base militar em Valledupar (norte).

No começo, ele fingiu ser o dono de uma barraca de suco em frente a uma instalação do exército e depois monitorou "movimentos externos" como guarda de segurança de uma empresa privada, explicou Melo Barrera.

Além disso, as autoridades descobriram que Rojas Castillo retornou à Venezuela depois que se estabeleceu na Colômbia, apesar do anúncio de Maduro de que ele seria cruel com os desertores, explicou a fonte que pediu anonimato.

Maduro rompeu relações com a Colômbia em meio à tentativa frustrada de enviar ajuda à Venezuela.

O governo de Iván Duque apoia os Estados Unidos e seus esforços para remover o presidente socialista do poder. Por esse motivo, ao lado de cinquenta nações, reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Maduro acusa a Colômbia de apoiar tentativas armadas para derrubá-lo, o que Bogotá nega.