Os humanos são capazes de decifrar os sons emitidos pelos chimpanzés
Paris, 17 Jun 2020 (AFP) - Ao escutar os sons emitidos por um chimpanzé, os homens são capazes de adivinhar se ele se defende de um ataque, se encontrou comida ou se está feliz por receber cócegas, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.
"Pela primeira vez demostramos que o homem é capaz de deduzir vocalizações de outras espécies e os contextos do que produzem", explicou à AFP Roza Kamiloglu, da universidade de Amsterdã, co-autora deste estudo publicado pela revista científica Proceedings of the Royal Society B.
Para chegar a estas conclusões, cerca de 3.500 pessoas, nenhuma delas especialistas em primatas, escutaram sons emitidos por 66 chimpanzés e foi pedido que elas explicassem o que os animais sentiam, se estavam em um contexto positivo ou negativo, se estavam tranquilos ou alterados.
"Os resultados mostram que as pessoas que os escutaram foram mais capazes de identificar situações negativas do que positivas", disse a pesquisadora.
Além disso, 300 dos participantes do estudo tiveram que identificar sons relativos a 10 tipos de comportamentos e emoções.
"Os resultados mostram que as pessoas que escutaram conseguiram estabelecer a qual contexto a maioria dos sons correspondia", segundo o estudo.
No século XIX Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, apontou que as vocalizações como risos ou gritos estão relacionados ao estado emocional compartilhado por espécies semelhantes. Kamiloglu explicou que este estudo apoia essa hipótese.
lc/ial/fmp/bl/mb/cc
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.