Justiça bloqueia temporariamente publicação de livro sobre família de Trump
Um juiz de Nova York suspendeu hoje, temporariamente, a publicação de um livro da sobrinha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o classifica como "o homem mais perigoso do mundo".
A ordem judicial impede a publicação de 240 páginas até 10 de julho, quando será realizada uma audiência, com a presença de Mary Trump e a editora que publicou a obra, a Simon & Schuster, para defender o livro.
O irmão do presidente, Robert Trump, havia inicialmente pedido a um tribunal do Queens que emitisse a ordem de restrição temporária, que foi rejeitada.
Robert Trump alegou que Mary violou um acordo de confidencialidade assinado em 2001, depois que o mesmo tribunal chegou ao fim da disputa sobre os bens do magnata imobiliário Fred Trump, pai de Donald, Robert e Fred Trump Jr, pai de Mary e que morreu em 1981.
O juiz do Queens decidiu que não era a jurisdição correta solicitar uma ordem contra a publicação do livro.
A última ordem judicial da Suprema Corte de Nova York exige que Mary e sua editora respondam ao processo iniciado por Robert.
O advogado de Mary disse que ela e a editora iriam recorrer da decisão.
"A ordem de restrição do tribunal de primeira instância é apenas temporária, mas continua sendo uma restrição ao discurso político, o que viola a Primeira Emenda", ressaltou seu advogado, Theodore Boutrous, em comunicado.
"Este livro, que aborda questões de grande interesse e importância pública sobre um presidente em exercício em um ano eleitoral, não deve ser censurado nem por um dia", acrescentou.
Charles Harder, advogado de Robert, que já representou o presidente, disse que seu cliente estava "muito satisfeito" com a sentença.
No livro, Mary, uma psicóloga de 55 anos, relata suas experiências em uma "família tóxica" na casa de seus avós, segundo sua editora.
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