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Obama fez família de Floyd se sentir consolada pela 1ª vez, diz reverendo

Ex-presidente ligou para o irmão de Floyd pouco antes da cerimônia em homenagem ao segurança morto em Minneapolis - Ruth Fremson/The New York Times
Ex-presidente ligou para o irmão de Floyd pouco antes da cerimônia em homenagem ao segurança morto em Minneapolis Imagem: Ruth Fremson/The New York Times

Do UOL, em São Paulo

30/06/2020 13h29Atualizada em 30/06/2020 16h02

O ex-presidente Barack Obama foi o responsável por fazer a família de George Floyd se sentir realmente consolada pela primeira vez após a morte do segurança negro, que foi asfixiado por um policial branco em Minneapolis no final de maio. Segundo o jornal The New York Times, Obama ligou para Philonise Floyd, irmão de George, pouco antes da cerimônia em sua homenagem, no início de junho.

O reverendo Al Sharpton, que participou da ligação, relatou como foi o sentimento de Philonise ao conversar com Obama, primeiro presidente negro eleito dos Estados Unidos.

"Essa foi a primeira vez, eu acredito, que a família de Floyd realmente se sentiu consolada desde que ele morreu", disse Al Sharpton, que descreveu a ligação de 25 minutos como "emocionante".

O reverendo lembrou que Obama fez esse tipo de ligação por diversas vezes durante os oito anos em que esteve na presidência. Segundo Al Sharpton, o ex-presidente tinha o costume de ligar para conversar com famílias em luto.

"Eu quero que você tenha esperança. Quero que você saiba que não está sozinho. Quero que você saiba que eu e a Michelle (Obama, ex-primeira dama) vamos fazer qualquer coisa que você queira", afirmou o ex-presidente a Philonise, de acordo com o relato do reverendo.

Segundo o The New York Times, mais duas fontes confirmaram a ligação ao jornal.

O irmão de Floyd já havia relatado que o ex-vice-presidente de Obama e agora candidato à presidência, Joe Biden, tinha conversado com ele. Para Philonise, as ligações de Biden e Obama contrastaram com a conversa que ele teve com o atual presidente Donald Trump.

Philonise disse que a ligação com Trump, feita ainda no final de maio, dias após a morte de George, foi "rápida" e que o presidente americano não lhe deu a chance de falar, restando a ele apenas pedir justiça.